Com pai no comando, Stroll pode pilotar pela Force India ainda em 2018
O mercado de pilotos da Fórmula 1 para a temporada 2019 está em ebulição com a confirmação, nas últimas semanas, de que Daniel Ricciardo trocará a Red Bull pela Renault, e de que Fernando Alonso está fora do próximo campeonato, sendo substituído por Carlos Sainz na McLaren. Mas alguns movimentos podem começar a acontecer ainda neste ano. Tudo por conta da chegada de novos investidores à Force India.
A equipe foi tirada de um processo de administração neste mês por um grupo liderado por Lawrence Stroll, bilionário pai de Lance Stroll, piloto da Williams. Isso gera a possibilidade real do canadense deixar o time inglês ainda neste ano, uma vez que o investimento do grupo de seu pai na Force India começa imediatamente.
Mas há um obstáculo: Stroll ocuparia a vaga de Esteban Ocon, piloto protegido pela Mercedes, que tem cada vez mais influência dentro da Force India. Quando o futuro do time era incerto, o chefão dos alemães, Toto Wolff, chegou a buscar acordos para garantir um lugar para Ocon caso a situação se agravasse, mas os acontecimentos das últimas semanas alteraram completamente o panorama.
Wolff tentou armar uma jogada que levaria Ocon para a Renault no lugar de Sainz, que iria para a McLaren no cockpit de Stoffel Vandoorne. Mas o dirigente não sabia de dois fatos: a McLaren já tinha sido informada por Alonso que ele não ficaria em 2019 e Ricciardo optaria por trocar a Red Bull pela Renault. Ou seja, mesmo que o movimento de Sainz da Renault para a McLaren se concretizasse, não sobraria uma vaga para Ocon no time francês.
A falta de opções no mercado para Ocon deve levar Wolff a pressionar Stroll para que não mexa na posição de seu filho ainda em 2018. Mas ao mesmo tempo o austríaco precisa encontrar uma vaga para seu piloto.
Isso porque a ida de Stroll para a Force India é certa e o outro piloto da equipe, Sergio Perez, afirmou à TV mexicana Fox Sports que deve continuar no time em 2019. “Não falta quase nada, é uma questão de dias ou semanas, uma questão de esclarecer a situação com a equipe. Não há nem necessidade de assinar contrato, a renovação é automática. É só ver qual a posição da equipe.”
No caso de Ocon, uma saída poderia ser a ida para a própria Williams, ainda que o nome mais cotado para a vaga seja o de George Russell, também piloto Mercedes e atualmente na F-2. Ou Wolff pode oferecer um empréstimo à McLaren, nos moldes do que ele ofereceu à Renault.
Depois da tradicional pausa no verão europeu, a F-1 volta neste final de semana, com o GP da Bélgica.
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