Chefe é o segredo por trás de pentacampeão e estilista Lewis Hamilton
Que Lewis Hamilton está em grande fase, ninguém duvida. Afinal, o inglês conquistou com propriedade o quinto título mundial com duas etapas de antecipação, em um ano no qual a Mercedes não teve o domínio das últimas temporadas. Por várias vezes em 2018, ele conseguiu vencer o rival Sebastian Vettel em dias em que a Ferrari estava mais forte. Isso, mesmo dividindo seu foco com suas costumeiras viagens e o lançamento de sua primeira coleção de moda.
Um personagem fundamental para entender a fase de sucesso de Hamilton é o chefe da Mercedes, Toto Wolff. Se o piloto inglês hoje pode ter a agenda lotada sem sofrer pressão da equipe, é por conta dele. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, o austríaco explicou de onde vem esse talento para compreender as pessoas e fazê-las render ao máximo.
“Um dos meus aprendizados mais antigos é de que eu não consigo desenhar uma peça, mas posso compreender tudo sobre o cara que faz isso para prover um ambiente que faça com que ele goste do que está fazendo, tenho que ajudá-lo a ter os melhores objetivos. Sou um psicólogo, esse é meu papel principal e eu gosto de trabalhar com pessoas.”
No caso de Hamilton, a relação, iniciada quando o inglês chegou na Mercedes em 2013, hoje atingiu um nível de confiança que faz o chefe deixar ao piloto equilibrar suas prioridades, sem interferir.
“Acho que ele mesmo julgaria o quanto tempo ele dedicaria a esse lado da moda e o quanto ele precisa focar na corrida. É algo que ele entende muito bem. Acho que a chave foi permitir que ele fizesse o que quer, dar liberdade para ele.”
Na verdade, a capacidade de Hamilton focar em atividades tão distintas, ao invés de preocupar o chefe, o faz admirar ainda mais seu piloto.
“A corrida que mais me impressionou foi Cingapura por causa daquela volta na classificação e o controle que ele demonstrou na corrida. E fora da pista, ele me impressionou nessa mesma época porque ele conseguiu lançar uma coleção de moda de muito sucesso, o que é ótimo. Então ele estava construindo duas áreas de sucesso ao mesmo tempo.”
Chefe e psicólogo
Essa habilidade de compreender, por exemplo, que Hamilton pode rodar o mundo com seus desfiles durante a já atribulada temporada da F1, com 21 corridas em 21 países diferentes, é reconhecida por todos os pilotos que ele gere. Afinal, o austríaco comanda também a operação da Mercedes na F1, o que inclui o programa de desenvolvimento de pilotos, do qual Esteban Ocon faz parte.
“Acho que o Toto poderia ser um psicólogo. Ele entende todas as pessoas muito bem, sabe o que cada um precisa para render mais, ao mesmo tempo em que ele entende o todo. Isso é um grande talento para alguém que está numa posição como a dele”, disse o francês ao UOL Esporte.
Já Hamilton fala a quem quiser ouvir que Toto é o melhor chefe da F-1. “Toto é um grande ser humano e um grande líder. Temos uma relação ótima, que está se fortalecendo cada vez mais. Para mim, ele é o melhor chefe da F-1”.
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