Chefe da Mercedes diz que ordem de equipe da Ferrari pode abrir precedente
Chefe de equipe da Mercedes, Toto Wolff disse entender a ordem da equipe Ferrari para que o jovem Charles Leclerc deixasse o alemão Sebastian Vettel lhe ultrapassar logo no começo do GP da China. Porém, ele teme que situações como a vivenciada ontem em Xangai possam abrir um precedente perigoso na Fórmula 1.
"Essa é uma situação complicada, é claro, porque você gostaria de ter o carro mais rápido caçando seus oponentes. Sebastian disse que ele tinha o carro mais rápido naquele estágio, então eles reverteram a ordem. Eu posso entender isso de alguma forma", disse em declaração publicada pelo site "F1i.com", antes de fazer uma ressalva.
"No entanto, uma vez que você começa a fazer essas coisas, torna-se muito complicado, porque você começa a estabelecer um precedente e você está abrindo uma lata de minhocas. Então você pode ter que fazer a chamada em todas as corridas quando o carro de trás disser que pode ir mais rápido", completou.
Evitando críticas diretas à Ferrari pelo ocorrido na China, Toto Wolff lembrou que a Mercedes também passou por situações parecidas nas disputas internas de Lewis Hamilton com Nico Rosberg e Valtteri Bottas. "Nós já estivemos nesta situação", disse Wolff. No ano passado, mas em uma corrida decisiva na disputa pelo título, a Mercedes tomou uma decisão parecida no GP da Rússia.
Ontem, o jovem Charles Leclerc em um primeiro momento não aceitou facilmente a ordem de equipe. O piloto largou na quarta colocação, logo atrás de Sebastian Vettel, mas não demorou para ultrapassar o alemão e, ainda na primeira curva, já estava em terceiro. Apesar do bom início, Leclerc passou a apresentar ritmo mais lento em relação a Vettel, e recebeu ordem para deixar com que o companheiro o ultrapassasse.
"Eu preciso entender o quadro completo para falar com os engenheiros e entender esta decisão. Tenho certeza de que há uma explicação e quero entendê-la. De qualquer forma, é passado. No geral, hoje não foi um bom dia", afirmou Leclerc, que havia questionado a decisão da equipe durante a corrida.
Já o chefe da Ferrari, Mattia Binotto, precisou ir a público para esclarecer a ordem. "Não fizemos isso para dar vantagem a um piloto. Era realmente nós, como time, tentando fazer o que dava. Eu entendo o sentimento do Charles", disse.
A corrida foi vencida por Lewis Hamilton, que lidera o Mundial de Pilotos com a Mercedes. Vettel terminou em terceiro e Leclerc em quinto.
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