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Pietro Fittipaldi já vê vaga na Haas como possível com má fase de Grosjean

Pietro Fittipaldi conversa com Guenther Steiner durante teste no Bahrein - Andy Hone/Haas F1 Team
Pietro Fittipaldi conversa com Guenther Steiner durante teste no Bahrein Imagem: Andy Hone/Haas F1 Team

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Londres (ING)

18/07/2019 04h00

O brasileiro Pietro Fittipaldi vê uma oportunidade de estar no grid da Fórmula 1 no ano que vem como piloto titular da Haas, equipe da qual atualmente é piloto de testes. A Haas vem enfrentando uma péssima fase e não está satisfeita com o rendimento de seus pilotos, e pelo menos uma vaga deve ser aberta na equipe para 2020.

Perguntado pelo UOL Esporte sobre a situação da dupla atual, formada por Kevin Magnussen e Romain Grosjean, o chefe da Haas, Guenther Steiner, disse que qualquer decisão só será tomada após a pausa que a F-1 faz em agosto. O dirigente afirmou que "os pilotos são os menores dos meus problemas no momento", referindo-se à falta de rendimento do carro em ritmo de corrida e à ameaça de quebra de contrato da patrocinadora principal, caso que contou com várias reviravoltas nos últimos dias depois do anúncio do fim da parceria, via twitter, às vésperas do GP da Inglaterra.

Do lado de Fittipaldi, existe a questão dos pontos necessários para obter a superlicença para correr na Fórmula 1. Para conquistar os quatro pontos que faltam, o piloto trabalha em duas frentes: a DTM, campeonato de turismo alemão, dá pontos até o nono colocado no campeonato - atualmente ele é 13º, com 10 das 18 etapas para o final - e, a partir das superlicenças obtidas para 2020, toda vez que o piloto participa de uma sessão de treinos livres na F-1, um ponto também é adicionado.

"Sabia que seria difícil por ser o primeiro ano meu e também da equipe na DTM, mas terminamos no top 5 em Misano [em etapa realizada em junho], então estou conseguindo mostrar resultado. Mas agora que vamos ver, pois é quando começa a temporada das especulações da F-1, principalmente a partir da parada de agosto. Vamos ver o que acontece, mas é claro que eu quero estar na Fórmula 1 ano que vem", disse Pietro em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

O piloto avalia que sua posição dentro da equipe é melhor do que quando foi contratado como piloto de testes, no final do ano passado. "Foi muito importante ir bem nos testes [que ele fez na pré-temporada e nos dois testes realizados após o início do campeonato, no Bahrein e em Barcelona]. Não gosto de falar 'eu fui bem', mas me senti bem no carro e os tempos foram competitivos em comparação com meus companheiros. A equipe conseguiu ver isso e acho que a situação está melhor do que no começo do ano".

Na Haas, acredita-se que pelo menos a vaga de Grosjean corra sério risco para o ano que vem. O francês foi responsável por apenas 2 dois 16 pontos que o time conquistou até o momento. O rumor mais forte no paddock é de que Steiner estaria interessado em contratar Nico Hulkenberg, que deve ficar de fora da Renault ano que vem, dando lugar a Esteban Ocon. O alemão também tem uma proposta da Porsche para se transferir para a F-E na temporada que começa no final de 2020.

Outro fator que pode complicar a busca de Fittipaldi pelos pontos necessários para a superlicença é justamente a má fase da equipe, que inclusive tomou a decisão radical de correr com um dos carros com a configuração do primeiro GP da temporada no último final de semana para tentar entender o que há de errado no carro, que vai bem nas classificações, mas perde muito rendimento nas corridas. Com tantas incertezas, é comum as equipes evitarem trocar os pilotos. "Eles precisam testar coisas diferentes, então é claro que não ajuda. Mas, de qualquer maneira, se eu fizer treinos livres, seria mais para o final do ano. Não está decidido ainda", explicou Fittipaldi.

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