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Piloto estava preocupado com as pernas após acidente. Mas acabou morrendo

Peterson é considerado um dos melhores pilotos da Fórmula 1 que não foi campeão - Getty Images
Peterson é considerado um dos melhores pilotos da Fórmula 1 que não foi campeão Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

11/09/2015 06h00

Há exatos 37 anos, a Fórmula 1 vivia uma de suas tragédias mais controversas e duras: tido até hoje como um dos maiores pilotos que nunca chegaram a ser campeões do mundo, Ronnie Peterson sai da pista de Monza naquele 10 de setembro preocupado com a situação de suas pernas – mas acabou morrendo no dia seguinte.

A carreira do sueco começou brilhante, com um vice-campeonato em sua primeira temporada completa, em 1971, e a promessa de muitos títulos e vitórias pela frente. Companheiro de Emerson Fittipaldi na Lotus em 73, terminou a apenas três pontos do brasileiro, firmando-se como um dos grandes de sua época.

Nos anos seguintes, contudo, sofreu com carros menos competitivos até voltar à Lotus em 78, no auge, aos 34 anos. Quando largou para aquele GP da Itália, estava na luta pelo título, 12 pontos atrás do companheiro Mario Andretti.

A largada foi a primeira da Fórmula 1 com semáforo. Como o sinal foi dado antes que todos os carros estivessem alinhados, efetivamente quem vinha atrás fez uma largada lançada e o resultado foi uma colisão que envolveu nove carros.

Lançado para o guard rail, o Lotus de Peterson pegou fogo, mas, ajudado por James Hunt, Clay Regazzoni e Patrick Depailler, o sueco saiu do carro sem queimaduras graves. Consciente, se preocupava com suas pernas, seriamente lesionadas.

No hospital, o piloto passou por uma cirurgia para a correção das 13 fraturas que havia sofrido, permanecendo consciente durante todo o processo. Tudo indicava que seria uma questão de tempo para que ele se recuperasse.

Durante a madrugada, contudo, foi constatado que Peterson tinha dificuldades em respirar e o piloto foi entubado e sedado. Exames demonstraram que inúmeras embolias, causadas pelas fraturas, tinham tomado conta do pulmão. Chamado às presas para o hospital, o lendário médico da F-1, Sid Watkins, constatou que o caso era ainda mais grave e que a embolia havia atingido o sistema nervoso. Na manhã da segunda-feira, foi declarada a morte do piloto. A tragédia acabou dando o título a Andretti.

A culpa acabou recaindo sobre os procedimentos dos socorristas que, como Peterson estava com os sinais vitais sem alterações, demoraram cerca de 15 minutos para retirá-lo da pista. Por conta disso, Watkins pediu a Bernie Ecclestone que disponibilizasse um carro médico para fazer toda a primeira volta atrás do pelotão, algo que ocorre até hoje.

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