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NFL corta cena de violência de torcedores em filme de Kevin Costner

Jeff Gross/AFP
Imagem: Jeff Gross/AFP

Do UOL, em São Paulo

01/04/2014 15h57

É bastante comum os filmes de Hollywood usarem nomes falsos para equipes de futebol americano por causa de conflitos dos direitos das marcas. São vários os longas famosos que envolvem o esporte e precisaram inventar de times. Outra alternativa bastante utilizada pelos estúdios é de apelar para histórias em campeonatos colegiais ou universitários. 

Os produtores de Draft Day, no entanto, conseguiram contonar esse problema e entraram em um acordo com a NFL para utilizaram as marcas ligadas à liga. O filme, que tem como estrela principal Kevin Costner e chegará ao Brasil com o nome “A Grande Escolha”, conta a tensão que um treinador da equipe do Cleveland Browns passa para conseguir fazer as melhores escolhas no draft, evento em que os times profissionais recrutam as revelações do futebol americano universitário. 
 
Só que tudo tem um preço. E em troca, a NFL, que é sempre muito cuidadosa com a sua imagem, pediu o direito de revisar o filme antes do lançamento. E não só o fez como pediu para cortar uma cena de violência de torcedores, em que os seguidores do Brows agridem e tentam enforcar o técnico da equipe, interpretado justamente por Costner. 
 
Questionado sobre a interferência, o ator, que também participa da produção, não mostrou se importar em cortar a cena e disse que entende a preocupação da liga. 
 
“Eu achava que era um momento muito engraçado, mas acho que a NFL realmente quer conter o comportamento dos torcedores tanto dentro quanto fora do estádio”, explicou, segundo o jornal Los Angeles Times. “A ideia de enforcar alguém, por mais engraçada que eu achasse que fosse, e por mais realista que eu achasse que fosse, era uma imagem que eu não queria no filme. Foi um pequeno preço para pagarmos, mas isso mostra que eles estão observando de perto”, continuou. 
 
De qualquer maneira, ele destacou que a parceria com a NFL foi importante para o filme ganhar credibilidade com os espectadores e por isso era tão importante um relação de confiança. 
 
“Eu não faria isso sem o envolvimento da NFL. A última coisa que eu queria era fazer um filme de futebol com camisas que eu não conseguisse reconhecer e nomes de equipe eu não reconhecesse. Para mim, o filme perde o seu apelo quando existem coisas que são irreconhecíveis. Mas eu acho que eles olharam para a minha equipe e entenderam que eu gosto da vulgaridade e da poesia do nosso esporte. Foi importante para eles participar, pois a imagem [do filme] poderia ser comprometida se não ficasse autentico”, apontou. 
 
Draft Day [ou A Grande Escolha, no Brasil] será lançado no dia 11 de abril nos Estados Unidos e chegará aos cinemas brasileiros em 22 de maio.