História

Contar a história do Esporte Clube Bahia sem mencionar o atacante Jorge Augusto Ferreira Aragão é um pecado. Embora não tenha participado de nenhuma das duas maiores glórias do clube – a Taça Brasil de 1959 e o Campeonato Brasileiro de 1988 – Beijoca, como ficou conhecido o atacante forte e trombador que comemorava seus gols distribuindo beijinhos para a torcida, incorporou como poucos o ideal de raça e vibração tão exaltados pelos tricolores.

Nascido na cidade de Salvador no dia 23/04/1954, o atacante Beijoca ficou conhecido não só pelo seu sucesso dentro das quatro linhas, mas também pela sua vida boêmia e pelas confusões que aprontava. Marcou 106 gols com a camisa do time tricolor baiano e está entre os maiores artilheiros do clube.

Beijoca começou sua carreira no Bahia em 1969 atuando pelo tricolor baiano por quase metade de seus pouco mais de 20 anos de carreira. O atacante ainda jogou em equipes como Fortaleza, Sport, Vitória e Flamengo e encerrou sua carreira em 1990, defendendo a equipe do Camaçari.

No Flamengo, Beijoca ficou marcado pelo soco desferido em Mococa, do Palmeiras, ao entrar no segundo tempo da partida em que sua equipe perdia por 4 a 1, em pleno Maracanã.

Depois de encerrar sua carreira de jogador, Beijoca ainda tentou engrenar como treinador de futebol, mas não obteve sucesso. Foi auxiliar técnico do Bahia na temporada de 2007, quando a equipe subiu da Série C para a Série B do Brasileiro e se manteve no cargo em 2008, na passagem de Paulo Comelli. No mesmo ano, candidatou-se a vereador em Salvador, mas não foi eleito.

E para os torcedores que lembram do atacante Beijoca envolvido em confusões, esses episódios foram deixados no passado. Agora o ex-jogador se tornou evangélico e abandonou as práticas polêmicas que acompanharam sua carreira futebolística.