História

Uma bolada na boca, que lhe quebrou dois dentes, acabou prematuramente com a carreira de goleiro de Fernando Torres. Sorte da Espanha, que ganhava assim um novo grande artilheiro. Já como atacante, ele jogou futsal por três anos antes de tentar a sorte no campo. Aos 11 anos, ingressou no Atlético de Madri, clube de seu coração e de seu avô. Quatro anos mais tarde, assinou o primeiro contrato com a equipe.

O talento precoce do jovem atacante acelerou sua ascensão dentro do clube. Mesmo sofrendo uma contusão no joelho esquerdo no início da temporada 2000/2001, ele começou jogando entre os juvenis, mas terminou defendendo a equipe principal na segunda divisão do Campeonato Espanhol. Tornou-se assim o jogador mais jovem a atuar pelo Atlético de Madri e ganhou da torcida o carinhoso apelido de "El Niño" (Criança, em espanhol).

Estreou em maio de 2001, contra o Leganés, no estádio Vicente Calderón. Dias depois, marcou seu primeiro gol no time, diante do Albacete, mas não conseguiu evitar que o Atlético perdesse a classificação para a divisão de elite para o Getafe. Mas na temporada seguinte, Torres não decepcionou e ajudou a equipe a subir.

Após ser artilheiro e melhor jogador nos Europeus sub-16 e sub-19, o atacante foi convocado pela primeira vez para defender a seleção principal espanhola em setembro de 2003. A regularidade no clube também o colocou na Furia na fracassada campanha da Eurocopa-2004, com a eliminação na primeira fase.

O jovem atacante despertou o interesse de clubes milionários, mas optou por continuar em seu clube do coração em 2005. Porém, dois anos mais tarde, Torres foi negociado com o Liverpool pelo valor recorde do clube inglês até então ? cerca de 20 milhões de euros.

A estreia no novo clube ocorreu em agosto de 2007 e, uma semana depois, ele marcou seu primeiro gol pelos Reds. Na sequência vieram muitos outros e Torres terminou 2007/2008 com 33 gols, sendo 24 pelo Campeonato Inglês. A marca o consagrou como o estrangeiro mais eficiente em sua temporada de estreia na Inglaterra, superando Ruud van Nistelrooy.

Aos 24 anos, Torres disputou sua primeira Copa do Mundo credenciado pela artilharia da Espanha nas eliminatórias e balançou as redes três vezes na Alemanha. No entanto, o atacante, que soma 72 jogos pela Furia e 23 gols marcados, atingiu o ápice na Eurocopa-2008, ao marcar o único gol da vitória sobre a Alemanha na final e dar o segundo título da competição à Espanha, que foi campeã também em 1964. Naquele ano, o jogador ficou em terceiro na eleição de melhor do mundo da Fifa.

Em 2010, o jogador se tornou campeão mundial com a Espanha, na África do Sul. Os espanhóis nunca haviam chegado a uma final e conquistaram o título na decisão contra a Holanda. Após um empate de 0 a 0 no tempo normal, o duelo foi para a prorrogação e Iniesta fez o gol que deu a taça à seleção espanhola. Torres decepcionou ao terminar a competição sem marcar gols.

Insatisfeito no Liverpool no restante de 2010, ele foi contratado pelo Chelsea no início de 2011, numa das transferências mais caras da história do futebol mundial.