História

Um volante à moda antiga

Rodrigo Souto é o volante que todo técnico gostaria de contar em sua equipe. É técnico, não tem fama de ser violento e possui qualidade para chegar ao ataque. Isso, aliás, fez com que o Vasco anunciasse sua contratação, após vê-lo em ação num amistoso diante do São Cristóvão, clube que o revelou. Em 2001, era apresentado em São Januário, mas só foi estrear como titular quase um ano depois. Nunca foi unanimidade do time do Rio. No entanto, era considerado por especialistas como um dos poucos atletas lúcidos daquele elenco.

Permaneceu três temporadas no Vasco e conquistou seu primeiro título como profissional. Em 2003, sagrou-se campeão carioca num elenco que contava com Léo Lima, Marcelinho Carioca e Marques. Em 2005, teve rápida passagem pelo Atlético-PR e, no mesmo ano, desembarcou em Florianópolis para defender o Figueirense. No futebol catarinense, o volante despontou para o cenário nacional. Após dois bons Campeonatos Brasileiros, Rodrigo Souto passou a ser cobiçado por uma série de clubes.

O Santos ganhou a disputa e o contratou em 2007. Em sua primeira competição, levantava o título de campeão paulista, ao lado de nomes como Fábio Costa, Zé Roberto, Cléber Santana e o técnico Vanderlei Luxemburgo. Em comparação com boa parte de suas temporadas como profissional, o ano de 2008 foi frustrante. Dentro de campo, não conseguiu nenhum título e viu o Santos lutar até as últimas rodadas para não ser rebaixado no Campeonato Brasileiro.

Não bastasse isso, teve sua imagem arranhada com um suposto caso de doping por cocaína. O incidente ocorreu na partida contra o San José, da Bolívia, em março, pela Taça Libertadores da América. Inicialmente, estaria suspenso por dois anos. Mas a Fifa recuou da decisão e, em agosto, liberou o atleta para disputar o restante do Nacional-08. Em 2010, em troca envolvendo o também volante Arouca, se transferiu para o São Paulo.