Nome completo | Telê Santana da Silva |
Posição | Atacante |
Data de nascimento | 26/07/1931 |
Nacionalidade | Brasileira |
Local de nascimento | Itabirito (MG) |
Altura | 1,76m |
Peso | 61kg |
Estreia | Em 1951, pelo Fluminense |
Telê: o técnico mais respeitado do Brasil
Como jogador, Telê Santana não chegou a ser brilhante. Tanto que nunca foi convocado para a Seleção Brasileira. Era um ponta-direita de boa técnica, inteligência tática e muita movimentação e foi um dos primeiros atacantes a perceber a importância da marcação, recuando para fechar o meio-de-campo e impedir os avanços dos adversários. Jogava com muita vontade, correndo os 90 minutos de forma impressionante. Graças à essa vontade - e alguns títulos -, entrou para a galeria dos heróis tricolores.
Mas foi como treinador que Telê Santana ganhou respeito e reconhecimento conquistando muitos títulos pelos clubes onde passou e dirigindo a Seleção Brasileira em duas Copas do Mundo.
Telê ganhou um lugar no time principal do Fluminense em 1951, ano em que o clube conquistou o título carioca. Na final, com Carlyle suspenso, o técnico Zezé Moreira deslocou Telê para o comando de ataque, e ele não decepcionou, marcando os gols da vitória sobre o Bangu (2 x 0). Como nunca desistia dos lances, recebeu o apelido de "O Fio de Esperança".
Também conquistou dois títulos do Torneio Rio-São Paulo (em 1957 e 1960) e do Campeonato Carioca de 1959. Telê praticamente inventou, no futebol brasileiro, a figura do ponta que recuava para auxiliar o meio-de-campo, estilo que foi consagrado por Zagallo mais tarde no Flamengo, no Botafogo e na Seleção Brasileira. Ao todo, Fez 522 partidas e 151 gols pelo Fluminense até 1961, quando deixou o clube para jogar por Vasco e Guarani, encerrando a carreira.
Telê Santana partiu então para uma vencedora carreira como treinador. Voltou ao Fluminense, onde conquistou o título carioca de 1969. Dois anos depois, levou o Atlético Mineiro ao título do primeiro Campeonato Brasileiro da história. Telê Santana foi acumulando experiência até que em 1980 foi convidado para dirigir a Seleção Brasileira.
Com craques do quilate de Zico, Falcão, Sócrates e Éder, montou um time memorável, que praticava um futebol brilhante e encantou os torcedores de todo mundo. Só que o destino colocou a Itália no caminho da Seleção, que não passou das quartas-de-final na Copa de 1982. Mas o carisma e o prestígio de Telê continuaram inabaláveis.
Em 1985, ele assumiu a Seleção nas Eliminatórias e classificou o Brasil para o Mundial do México. Detalhe: foi o primeiro treinador a ser "perdoado", voltando à Seleção mesmo depois de ter perdido uma Copa do Mundo. Dessa vez, o adversário foi a França, e a Seleção foi eliminada nas quartas-de-final.
Apesar da competência, Telê ficou com fama de "pé-frio" pela escassez de títulos. O destino, no entanto, lhe reservou grandes alegrias na década de 90. Telê encontrou a glória e o reconhecimento em outro tricolor, o São Paulo, onde trabalhou de 1990 a 1995. Com estilo disciplinador e detalhista, revelou jogadores como Cafu, Antônio Carlos e Denílson, além de consagrar Raí.
Com ele no comando, o São Paulo ganhou tudo: dois Mundiais Interclubes (1992 e 1993), duas Taças Libertadores da América (1992 e 1993), um Campeonato Brasileiro (1991), dois Campeonatos Paulistas (1991 e 1992), duas Recopas Sul-Americanas (1993 e 1994), uma Supercopa da Libertadores (1993) e uma Conmebol (1994). Deixou o clube em 1995. Apesar das glórias pelo São Paulo, seu time de coração continuou sendo o Fluminense.
Análise técnica
Cabeceio - Não era um recurso muito utilizado em sua posição.
Chute
Pé direito - Muito bom, extremamente preciso.
Pé esquerdo - Não era o seu forte.
Velocidade - Uma de sua principais qualidades.
Habilidade - Boa.
Posicionamento - Bom, fechava o meio-de-campo e ajudava o lateral de sua equipe.
Marcação - Excelente.
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