História

Após a saída de Cafu da lateral-direita da seleção brasileira, não demorou para surgir um jogador com as mesmas características, e com o trunfo de poder ser usado em outras partes do campo. Fã confesso do capitão do penta, o baiano Daniel Alves já mostrou que pode ser uma alternativa para o meio-campo, ou até na lateral esquerda.

Foi assim nas semifinais da Copa das Confederações, quando saiu do banco, entrou no lugar de André Santos contra a África do Sul e decidiu a partida com um gol de falta. Antes de entrar em campo naquela partida, Daniel Alves não deixou de cumprir o seu ritual de dar três pulinhos e pisar com o pé direito no gramado.

Antes de brilhar na seleção, Daniel Alves passou por uma infância humilde, e costumava ajudar a sua família a colher cebola em Umbuzeiro, na zona rural de Juazeiro. Após completar 13 anos, foi jogar no clube de futebol da cidade, e logo chamou a atenção dos olheiros do Bahia.

Logo em seu primeiro jogo como profissional pelo Bahia, Daniel Alves mostrou que não se limita à lateral direita e consegue ocupar grande parte do campo, sendo importante para a defesa e também para o ataque. Ele estreou quando tinha apenas 18 anos, mas não sentiu a pressão. Sofreu um pênalti e deu uma assistência na vitória por 3 a 0 sobre o Paraná, saindo ovacionado pela torcida.

Em 2003, ele se destacou com a seleção brasileira que conquistou o Mundial Sub-20 e foi para o Sevilla, da Espanha, onde logo se tornou uma peça estratégica no ataque. Pelo clube andaluz, conquistou duas vezes a Copa da Uefa e foi escolhido o melhor jogador dessa competição em 2006.

Já consagrado como um dos melhores laterais do mundo, Daniel foi contratado pelo Barcelona em 2008, pelo valor de R$ 62 milhões. Logo em sua primeira temporada, foi titular na conquista do Campeonato Espanhol e da Liga dos Campeões, marcando cinco gols em 54 jogos disputados.

Chamado por Dunga pela primeira vez em 2006, Daniel Alves teve seu primeiro grande momento com a seleção brasileira na final da Copa América de 2007, quando substituiu Elano, deu assistência para o segundo gol e marcou o terceiro da vitória por 3 a 0 sobre a Argentina.

Em 2010, o atleta defendeu o Brasil durante a Copa do Mundo da África do Sul, era considerado o 12º jogador do técnico Dunga. No entanto, o time foi eliminado nas quartas de final contra a Holanda, com uma derrota de 2 a 1.

Após o Mundial, Daniel Alves aproveitou a má fase de seu concorrente direto, Maicon, e se tornou absoluto com a camisa 2 da seleção brasileira. A falta de concorrência pela posição e a oscilação do Barcelona após a saída de Guardiola fizeram com que o jogador passou alternasse boas e más partidas, passando a ser contestado por parte da torcida.