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Biografias

Tostão
Nome completoEduardo Gonçalves de Andrade
Clube atualAposentado
PosiçãoAtacante
Data de nascimento25/01/1947
NacionalidadeBrasileira
Local de nascimentoBelo Horizonte (MG)
Altura1,67m
Peso59kg
EstreiaCruzeiro 2 x 1 Siderúrgica (04/04/1963)

História

  • Cruzeiro (MG): 1963 - 1972
  • Vasco (RJ): 1972 - 1973
  • Campeonato Mineiro - 1965 - Cruzeiro
  • Campeonato Mineiro - 1966 - Cruzeiro
  • Taça Brasil - 1966 - Cruzeiro
  • Campeonato Mineiro - 1967 - Cruzeiro
  • Copa Rio Branco - 1967 - Brasil
  • Campeonato Mineiro - 1968 - Cruzeiro
  • Copa Rio Branco - 1968 - Brasil
  • Campeonato Mineiro - 1969 - Cruzeiro
  • Copa do Mundo - 1970 - Brasil
  • Copa Rocca - 1971 - Brasil
  • Minicopa - 1972 - Brasil
  • Artilheiro do Campeonato Mineiro (17 gols) - 1965 - Cruzeiro
  • Artilheiro do Campeonato Mineiro (18 gols) - 1966 - Cruzeiro
  • Artilheiro do Campeonato Mineiro (20 gols) - 1967 - Cruzeiro
  • Artilheiro do Campeonato Mineiro (25 gols) - 1968 - Cruzeiro
  • Artilheiro das Eliminatórias para a Copa do Mundo - 1969 - Brasil
  • Bola de Prata da revista "Placar" - 1970 - Cruzeiro
  • Artilheiro do Campeonato Mineiro (16 gols) - 1970 - Cruzeiro
  • Artilheiro da Torneio Roberto Gomes Pedrosa (12 gols) - 1970 - Cruzeiro

Tostão jogava no juvenil do América, em 1962, quando chegou o convite para atuar no profissional do Cruzeiro. Ele deu prioridade aos dirigentes do primeiro time, que não acreditaram na possibilidade de um jovem, com apenas 16 anos, integrar o time profissional. Resultado: depois de um ano, Tostão desfilava sua habilidade com a camisa azul do Cruzeiro. Em pouco tempo, tornou-se o maior ídolo da torcida, entre muitos astros que formaram uma equipe dos sonhos.

Foi o grande destaque da Raposa campeã da Taça Brasil de 1966, o que lhe valeu uma vaga na seleção que iria disputar a Copa da Inglaterra, no mesmo ano. Apesar do fracasso canarinho, o jovem Tostão não decepcionou, chegando a marcar o único gol brasileiro na derrota para a Hungria.

O inegável talento com a bola, no entanto, não era o único dom do atacante. Nas concentrações, preferia a leitura de um livro às partidas de sinuca e baralho. A literatura era o prenúncio de interesses mais eruditos. A fama e o belo futebol, no entanto, continuavam a render-lhe todas as glórias até que a fatalidade lhe viesse bater à porta.

No dia 1º de agosto de 1969, Tostão foi atingido no olho esquerdo por um chute do zagueiro Castañas, do Millonarios de Bogotá, da Colômbia. O diagnóstico de deslocamento da retina quase o afastou dos gramados. Pouco depois de um mês, uma nova bolada, desferida desta vez pelo zagueiro Ditão, do Corinthians, levou pânico à torcida cruzeirense que assistia ao início de um drama que iria roubar de Tostão o seu imponente futebol.

Ele foi operado nos Estados Unidos e voltou a jogar com destaque pela seleção. Foi artilheiro das eliminatórias à Copa do México e, já no Mundial, compôs com Pelé e Jairzinho um dos melhores ataques já vistos até hoje, conquistando o tricampeonato para o Brasil. No jogo mais difícil do Brasil naquele Mundial, contra a Inglaterra, o gol brasileiro foi originado por uma belíssima jogada do cruzeirense.

Em 1972, Tostão deixaria o Cruzeiro como o maior artilheiro de todos os tempos do clube. A impressionante marca de 248 gols é imbatível até hoje. O atacante foi vendido para o Vasco pela inédita soma de 2,5 milhões de cruzeiros. Mas a maior transação brasileira de até então não foi muito longe.

No meio do ano de 1974, aos 27 anos de idade Tostão teve de abandonar os campos devido ao agravamento de sua contusão. O espírito fechado do jogador o transformou em um verdadeiro mistério, depois de sair de cena. A fama já não lhe interessava mais.

O menor assédio era motivo de irritação, já que novas perspectivas eram traçadas pelo então estudante de medicina. Dez anos depois, o doutor Eduardo Gonçalves de Andrade se transformara em professor da Escola de Medicina de Belo Horizonte, vencendo outra etapa de sua vitoriosa carreira. Mas o médico voltaria a surpreender.

Tostão se lançou ao desafio de comentar aquilo que mais lhe dá prazer: futebol. E tornou-se, novamente, uma grande personalidade na área esportiva, escrevendo artigos e fazendo comentários na TV.

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