UOL Esporte Futebol
 

Encontre jogadores de futebol

Fechar

Biografias

Almir Pernambuquinho

Almir Pernambuquinho
Nome completoAlmir Pernambuquinho
PosiçãoAtacante
Data de nascimento28/10/1937
NacionalidadeBrasileira
Local de nascimentoRecife (PE)

História

  • Sport (PE): 1956-1957
  • Vasco (RJ): 1957-1960
  • Corinthians (SP): 1960-1961
  • Boca Juniors (ARG): 1961-1962
  • Genoa (ITA): 1962
  • Santos (SP): 1963-1964
  • Flamengo (RJ): 1965-1967
  • América (RJ): 1967
  • Supercampeonato Carioca: 1958
  • Copa Roca: 1960
  • Copa Atlântica: 1960
  • Campeonato Argentino: 1962
  • Copa Brasil: 1963 e 1964
  • Copa Libertadores: 1963
  • Copa Intercontinental: 1963
  • Torneio Rio - São Paulo: 1963 e 1964
  • Campeonato Paulista: 1964
  • Campeonato Carioca: 1965

O craque encrenqueiro

Enquanto jogador, Almir Pernambuquinho sempre esteve nos noticiários. No entanto, nem todos os assuntos eram relacionados ao futebol. Habilidoso, valente e brigão, o ex-jogador chegou a defender a seleção brasileira, mas sua fama de encrenqueiro ofuscava o talento com a bola nos pés.

Ele colecionava brigas dentro e fora de campo. Almir participou da briga generalizada entre as seleções de Brasil e Uruguai, em Montevidéu. Relatos da época contam que Almir enfrentou sozinho meia seleção uruguaia.

Outra confusão ocorreu em 1966, na decisão do Campeonato Carioca entre Flamengo e Bangu. Vendo que o Bangu daria um “baile” sobre o Flamengo, time em que defendia, Almir iniciou batalha campal, agredindo vários atletas do Bangu.

“O Bangu disparou e foi aumentando a vantagem. Naquele embalo a gente ia levar de enfiada. Resolvi acabar com aquele carnaval. Quem passou pela minha frente apanhou. Ainda hoje o Ladeira está correndo. Dei pernada, pontapé, soco e cabeçada. Fora os desaforos que disse a todo mundo”, dizia Almir, à revista Placar.

Como jogador do Boca Juniors, Almir também arrumou encrenca, citando o episódio com jogadores do Chacaritas como o mais marcante na Argentina.

No Santos, Almir teve passagem rápida, mas inesquecível. O polêmico jogador enraizou seu nome na história do time da Vila ao substituir Pelé nas finais do Mundial de Clubes de 1963. Pelé se contundiu no primeiro jogo das finais contra o Milan.

O técnico Lula não teve dúvida em utilizar Almir na vaga do camisa 10. Almir foi peça decisiva nos dois jogos seguintes do Santos diante do Milan (vitórias do Santos por 4 a 2 e 1 a 0), ganhando o apelido de “Pelé Branco”.

Almir Pernambuquinho, sobretudo, equilibrou a disputa "no tranco" com o Milan, que havia derrotado os santistas no primeiro jogo, na Itália. Almir provocou e era provocado pelos italianos. No terceiro jogo da decisão, o Santos venceu o Milan por 1 a 0. O gol surgiu em um pênalti assinalado sobre Almir. Dalmo cobrou a penalidade, êxito que assegurou o bicampeonato mundial para o Santos.

Anos depois, em livro autobiográfico, intitulado “Eu e o Futebol”, Almir admitiu ter se dopado para as finais do Mundial de Clubes de 1963 e que o árbitro havia sido subornado pelos dirigentes santistas. As declarações dele nunca foram provadas. O jogador também admitia consumir bebidas alcoólicas exageradamente.

Almir perdeu a vida aos 36 anos, em 1973, em uma discussão em um bar na orla do Rio de Janeiro. Levou um tiro, falecendo no local.

Almir Moraes Albuquerque, o “Divino Delinquente”, assim chamado pelo escritor Nelson Rodrigues, defendeu as seguintes equipes: Sport, Vasco, Corinthians, Fiorentina, Boca Juniors/ARG, Genova/ITA, Santos, Flamengo, América/RJ, e Seleção Brasileira.

Compartilhe:

    Placar UOL no iPhone

    Hospedagem: UOL Host