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Alemão - 2019

Com briga e expulsão, primeiro Ba-Vi do ano termina empatado em 1 a 1

André Uzêda

Do UOL, em Salvador

01/03/2015 18h09

Um jogo de enorme qualidade técnica, variações de jogadas e brilho individual. Assim NÃO foi o clássico Ba-Vi deste domingo (1º), válido pela quinta rodada do Campeonato Baiano.

Um clássico movimentado, com brigas, provocações, mas isolados lances de primor e habilidade. Esta é a forma mais fidedigna de se resumir o dérbi baiano que terminou empatado em 1 a 1. 

No saldo geral, o Bahia terminou a partida com mais atributos a se comemorar - um triunfo por pontos, diria o torcedor mais otimista, em linguagem própria do boxe.

O jogo foi com mando de campo do Vitória e, mesmo saindo atrás do marcador, e atuando boa parte do jogo com um homem a menos, o tricolor conseguiu empatar a partida e manter a igualdade até o apito final.

Já o Vitória penou com a fraqueza de sua defesa. Se esta vinha com a pecha de invicta no estadual até o Ba-Vi, provou-se que a invencibilidade devia-se mais a inabilidade dos adversários do que, propriamente, a méritos próprios. Bastou alguns poucos lances fortuitos do Bahia para provar que insegurança é um sentimento geral na meia cozinha rubro-negra. Não fosse a ótima atuação do goleiro Fernando Miguel e o Vitória poderia sair de campo derrotado.

Fases do jogo: O Bahia começou o jogo tomando a iniciativa da partida e controlando mais a bola nos pés. Mais encolhido, o Vitória, mesmo com o mando de campo,  optou por se encolher para sair no contra-ataque.

Em uma dessas jogadas de rápida transição da defesa para o ataque, aos 17, Neto Baiano inaugurou o marcador para o Vitória. No lance, Vander ganhou na velocidade do lateral Raul e bateu forte no gol. O goleiro Jean espalmou para frente e, na sobra, Neto emendou para o fundo das redes.

Com a vantagem no placar, o Vitória passou a administrar o jogo e ainda deu a "sorte" de contar com o descontrole do rival. Aos 27, o paraguaio Wilson Pittoni deu um soco em Neto Baiano e foi expulso por Jailson Macedo Freitas.

Os jogadores do Bahia ficaram reclamando que o atacante rubro-negro levantou as travas da chuteira e deveria ser expulso  também. O árbitro, porém, ignorou a queixa tricolor.

Com um a mais, o Vitória controlou as ações do jogo e foi para o intervalo com a vantagem no marcador. No intervalo, o técnico Ricardo Drubscky perdeu Neto Baiano sentindo tonturas e mal-estar. Elton entrou no seu lugar.

Mesmo com um a menos, o Bahia voltou melhor no jogo e conseguiu o empate aos 11 da etapa final. Em boa jogada de William Santana, Kieza arrematou para o gol e, no rebote, Máxi empurrou de cabeça. Ele, que é ex-jogador do Vitória, comemorou o tento pedindo silêncio à torcida rubro-negra.

Melhor: O goleiro Fernando Miguel, do Vitória. Com boas intervenções impediu que o Vitória fosse derrotado mesmo com um jogador a mais em campo. Pelo lado do Bahia, menção honrosa a Bruno Paulista, que entrou no segundo tempo e organizou o meio tricolor.

Piores: Raul, pelo lado do  Bahia, e Saimon, pelo Vitória. O lateral tricolor foi mal na defesa e quase não chegou ao ataque. Já o defensor rubro-negro conseguiu perder de cabeça para o baixinho Maxi Biancucchi.

FICHA TÉCNICA

VITÓRIA 1 x 1 BAHIA

 

Local: Estádio Manoel  Barradas (Barradão), Salvador
Data: 01 de março de 2015 (domingo)
Horário: 16h
Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA). Assistentes: José Raimundo Dias da Hora e Jucimar dos Santos Dias (ambos da Bahia)
Cartões Amarelo: Titi, Raul, Tony, Thales, Máxi (Bahia); Euller, Fernando, Saimon, Amaral, Elton, Vander (Vitória)
Cartões Vermelho: Pittoni (Bahia)
Gols: Neto Baiano, aos 17 minutos do primeiro tempo. Máxi, aos 11 do segundo tempo.

Vitória: Fernando Miguel; Nino, Saimon, Ednei e Euller; Amaral (Jorge Wagner), Flávio, Escudero e Vander; Rogério (Rhayner) e Neto Baiano (Elton)

Bahia: Jeanzinho; Tony, Thales, Titi e Raul; Pittoni, Souza (Bruno Paulista) e Tiago Real; Maxi Biancucchi (Rômulo), Kieza e Léo Gamalho (Willians Santana).