Derrota do Santos faz Muricy reviver lado ranzinza e grosserias com a imprensa

Muricy Ramalho se tornou mais light quando se mudou para o Rio de Janeiro e dizia que não havia como se irritar diante das belas paisagens da capital carioca. De volta a São Paulo, bastou uma derrota em um clássico para o lado razinza voltar à tona. O técnico se mostrou bastante nervoso e lembrou seus tempos de São Paulo com as já conhecidas patadas nos jornalistas.

De fato, não faltaram motivos para tirar o bom humor. O Santos foi derrotado por 3 a 0 para o Palmeiras com um desempenho pífio no primeiro tempo e ainda fraco na etapa final. No fim do jogo, o lateral Léo já parecia alertar os jornalistas do que estava por vir. “Só nós sabemos o que escutamos no vestiário”.

E sobrou mesmo para quem não teve qualquer interferência no resultado: a imprensa. Perguntado qual é o limite da paciência da torcida (mesmo com o título da Libertadores) pelos maus resultados recentes, o técnico foi ríspido. “Não sei, meu filho. Não sou analista, sou treinador. Não sei até quando vai esse ou aquele”.

Muricy também não se mostrou muito ‘zen’ ao falar sobre os jovens santistas substitutos de Neymar, Elano e Paulo Henrique Ganso. Ele chegou a classificar o desempenho de Roger Gaúcho, Tiago Alves e Felipe Anderson como razoável, mas pouco depois disparou.

“Você parece que não me conhece... Acha que vou falar alguma coisa dos jogadores? Se tiver que falar algo positivo, tudo bem. Senão, não tem acordo. Pode pedir para outro treinador”, disse em outra patada.

Muricy mostrou que não estava em um bom dia já durante a partida. Passou praticamente o jogo inteiro sentado no banco de reservas e parecia sem forças para fazer seu time reagir. Ele se levantou apenas por duas vezes no segundo tempo para passar instruções aos atletas que entraram no decorrer do jogo. O semblante desolado de quem não está acostumado a derrotas deu lugar à irritação.

Sem suas principais estrelas, o Santos segue em situação difícil no Campeonato Brasileiro após a conquista da Libertadores. Isso porque Elano, Neymar e Paulo Henrique Ganso servem à seleção brasileira na disputa da Copa América na Argentina. A equipe ocupa a 16ª posição com apenas oito pontos.