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Vítima de racismo na Vila, Diego Maurício lembra Rei Pelé e lamenta episódio

Vinicius Castro

No Rio de Janeiro

28/07/2011 19h53

O jogo foi histórico e não sairá da memória dos amantes do bom futebol. Porém, nem tudo o que aconteceu na Vila Belmiro durante a vitória do Flamengo sobre o Santos por 5 a 4, na última quarta-feira, será lembrado de forma positiva. O caso de racismo envolvendo o atacante Diego Maurício foi a nota triste de uma partida épica.

O episódio ocorreu quando o atleta deixou o banco de reservas do Flamengo para se aquecer no segundo tempo. Segundo o jogador, ele foi chamado de "macaco" pelos torcedores do Santos que estavam próximos ao local.

“Uma parte da torcida do Santos começou a me chamar de “macaco” e “crioulo”. Fiquei muito chateado porque o grande ídolo do Santos é o Neymar, que é negro. O Pelé é eterno, maior ídolo da história do clube, e também é negro. Grandes artistas e ídolos do Brasil são negros. Além das ofensas ainda tivemos de enfrentar os torcedores do Santos jogando cerveja em nossa direção. Foi uma situação muito chata”, comentou o atacante.

Não foi a primeira vez que Diego Maurício encarou ofensas racistas. Na seleção brasileira sub-20, no Peru, o jogador foi insultado com sons e gestos que imitavam macacos.

O departamento jurídico do Flamengo estuda a possibilidade de entrar com uma denúncia contra o Santos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).