Tite cogita Alex titular para reduzir afobação no ataque: "querem casar sem namorar"

A afobação no sistema ofensivo do Corinthians foi a principal deficiência apontada por Tite durante a sofrida vitória por 2 a 1 sobre o lanterna América-MG, na noite da última quarta-feira, no Pacaembu. Na avaliação do treinador, a equipe alvinegra não soube segurar a bola no ataque durante o primeiro tempo.

Para dimensionar a pressa da linha ofensiva, Tite utilizou uma comparação curiosa. “Se toma o gol tira a confiança, começa a pensar no segundo momento antes do primeiro. É como querer casar sem namorar.”

Alex entrou durante o intervalo e fez com que o Corinthians se acalmasse na etapa final. Por isso, o nome do meia ganha força para ser titular domingo, contra o Atlético-PR, às 16h, na Arena da Baixada. Neste caso, a ameaça está sobre Willian, artilheiro ao lado de Liedson, com cinco gols cada no Brasileiro.

O treinador admite estudar a troca do 4-3-3 para o 4-4-2. “É uma alternativa. A gente ganha em chute de longa distância e retenção de bola no ataque. Pode ser ou não pode ser, vamos ver”, comentou o técnico gaúcho.

Com Alex em campo, Jorge Henrique e Emerson formaram a dupla de ataque e contaram com o apoio de Danilo, do próprio Alex e do volante Paulinho, autor do gol da vitória, além dos laterais.

“No primeiro tempo a gente acelerou demais o jogo e estava desorganizado. Tem que prender a bola na frente, com a infiltração de quem vem de trás, no caso os laterais e o Paulinho. Demos o contra-ataque ao adversário, erramos passes em demasia”, opinou Tite.

“No intervalo, coloquei mais um construtor, que retém na frente, para rodar a bola e pressionar o adversário. No segundo tempo fomos outra equipe. Só ficou devendo o terceiro [gol] para dar uma aliviada, e sofremos no final”, acrescentou.

Durante os 45 minutos que esteve em campo, mais os acréscimos, Alex acertou 20 passes e errou apenas um, conforme estatísticas do Datafolha. Foi dele a cobrança de falta que resvalou na barreira e sobrou para Paulinho, livre na área, estufar a rede. Por isso Tite falou do chute de longa distância, característica do meia de 29 anos, reforço mais caro do clube na temporada (custou quase R$ 14 milhões).

Já a opção por sacar Willian e não Emerson recebeu como justificativa do comandante corintiano o fato de Sheik ser um atacante que atua mais centralizado, enquanto Willian cai pelos lados.