Santos vive sina de campeões da Libertadores e vê ruir projeto 'quádrupla coroa'
O Santos sonhou alto, imaginou brigar pelo título do Brasileiro mesmo após conquistar a Libertadores, mas esbarrou em uma sina que ronda os campeões do torneio continental. Nenhum outro clube conseguiu conquistar as duas competições no mesmo ano, sendo que a maioria sofreu com campanhas fracas no nacional.
OS CAMPEÕES DA LIBERTADORES NO BR
Ano | Clube | Colocação |
1962 | Santos | 1º |
1963 | Santos | 1º |
1976 | Cruzeiro | 19º |
1981 | Flamengo | 6º |
1983 | Grêmio | 14º |
1992 | São Paulo | 5º |
1993 | São Paulo | 4º |
1995 | Grêmio | 15º |
1997 | Cruzeiro | 20º |
1998 | Vasco | 10º |
1999 | Palmeiras | 10º |
2005 | São Paulo | 11º |
2006 | Internacional | 2º |
2010 | Internacional | 7º |
2011 | Santos | ? |
Somente o próprio Santos, por duas vezes, em 62 e 63, conseguiu conquistar a Libertadores e o campeonato nacional na mesma temporada. No entanto, desde a extinção da Taça Brasil e a criação do Campeonato Brasileiro, o feito jamais foi repetido nas 12 tentativas seguintes (ver quadro ao lado).
“O relaxamento depois da Libertadores é normal, só que não pode ser tão demorado. Estamos demorando muito para engrenar nossa equipe. Procuramos encontrar uma solução, mas não conseguimos”, disse o capitão santista, Edu Dracena.
A realidade do Santos neste momento é a mesma vivida por Cruzeiro, em 97, e São Paulo, em 2005, times que rondaram a zona de rebaixamento por muito tempo. Nenhuma equipe campeã da Liberadores foi rebaixada no mesmo ano no Brasileiro.
No reinício do Brasileiro pós-Libertadores, o objetivo santista era o de conquistar a ‘quádrupla coroa’ – time já foi campeão Paulista -. O Brasileiro e o Mundial eram vistos como possibilidades reais. Só que a luta agora é contra o rebaixamento.
“Está complicado motivar esse grupo. Quero acertar o time logo e chegarmos com confiança no fim do ano”, disse Muricy Ramalho, dando clara noção de que o foco já está voltado para o Mundial em dezembro, no Japão.
Após o término da Libertadores, o Santos já disputou dez partidas no Brasileiro. O retrospecto de três vitórias, um empate, e seis derrotas, com aproveitamento de apenas 33% dos pontos conquistados, é desanimador, e, apesar do histórico do mesmo problema em outros clubes, também intrigante.
“O futebol é inexplicável em alguns momentos, atingimos um nível de individualismo bem elevado há pouco tempo e agora caímos muito. Pode ser cansaço, desatenção. Precisamos detectar os problemas e reagir imediatamente”, destacou Rafael.
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