Assunção ofusca estrelas e vira salvação para ataque ruim do Palmeiras

Quando Marcos Assunção ajeita a bola para cobrar uma falta perto da área, os adversários já sabem do perigo que se aproxima. A jogada do volante se tornou a maior arma do Palmeiras para chegar ao gol neste Campeonato Brasileiro, principalmente diante da má fase dos atacantes do time.

Marcos Assunção está longe de ser um homem de frente ou de ter uma função cerebral como armador. Mas tem ofuscado ídolos como Kleber e Valdivia e sido o grande responsável por manter o time nas primeiras colocações. Neste domingo não foi diferente, já que foi ele o responsável pela assistência para Henrique no gol do empate por 1 a 1 contra o São Paulo, no Morumbi.

Essa situação virou rotina, e os números comprovam sua importância ofensiva para o time. Dos 23 gols que o Palmeiras marcou no campeonato, ele teve papel fundamental em 12 deles. Foram três gols, cinco assistências e outras quatro participações diretas em tentos de companheiros.

Mesmo assim, Assunção tenta se desvencilhar do rótulo de a equipe ser sua dependente, mas admite que vem suprindo as falhas de outros setores. “Jogo para tentar ajudar. Graças a Deus as minhas bolas estão ajudando nesse momento, e estão saindo os gols de bola parada. Quando um jogador não estiver bem, é importante que outro esteja. Ou eu com o pé calibrado ou o Kleber com a pontaria”, disse.

Apesar de ser volante e ter a marcação como sua maior obrigação, o jogador ainda consegue ser o quarto melhor garçom do Brasileirão, segundo o Datafolha. Com cinco assistências, fica atrás apenas de Danilo, do Corinthians, Dagoberto, do São Paulo, e do flamenguista Ronaldinho Gaúcho.

E até na função de 'homem-gol' ele tem se destacado. Assunção já balançou as redes duas vezes em cobranças de falta (contra Atlético-MG e Coritiba) e uma vez de pênalti contra o Atlético-GO. Igualou a marca de Kleber e só perde para Luan, com cinco, na tabela de artilharia do Palmeiras na competição.

Dessa forma, o jogador se transformou na verdadeira salvação de Felipão diante do mau momento do ataque. Os homens de frente da equipe alviverde não marcam desde a vitória sobre o Atlético-MG, no dia 30 de julho. Principal estrela, Kleber passa por momento ainda mais difícil e completou nada menos que dez jogos sem marcar. O Gladiador está brigado com as redes há mais de um mês, quando deixou o seu na goleada sobre o Avaí por 5 a 0, no dia 16 do mesmo mês.

As conquistas de Assunção não vieram de graça. O volante é quem mais finaliza no grupo e está entre os 15 maiores chutadores do Brasileirão. Ele atribui o status à postura que adota em campo de sempre arriscar sem medo de errar. Além disso, é o dono também das marcas de segundo maior cruzador do certame nacional, atrás apenas do cruzeirense Montillo, e terceiro melhor lançador.