Marco Aurélio vê relação entre AVC's de Ricardo Gomes, mas explica: "Não é consequência"
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido pelo técnico Ricardo Gomes, no último domingo, tem relação com um problema semelhante sofrido por ele em fevereiro de 2010, quando dirigia o São Paulo, segundo Marco Aurélio Cunha, dirigente do clube paulista na época e um dos médicos responsáveis pelo atendimento a Ricardo Gomes na ocasião.
Em entrevista ao UOL Esporte, Marco Aurélio afirmou que quando há dois casos parecidos, a relação é óbvia. Porém, o problema de domingo não pode ser considerado uma consequência do outro.
"A relação existente provavelmente é na origem, na pré-disposição do paciente. Não é uma consequência, em 2010 ele teve um pequeno sangramento em uma arteríola mínima. Foi um micro AVC, uma coisa muito pequena e que foi totalmente tratada", disse Marco Aurélio.
RELEMBRE O PROBLEMA QUE O TÉCNICO TEVE QUANDO DIRIGIA O SÃO PAULO
Em 21 de fevereiro de 2010, após a derrota do São Paulo para o Palmeiras por 2 a 0, Ricardo Gomes sentiu dores na nuca e foi internado em um hospital para exames. Na ocasião, foi diagnosticada uma uma vasculite no treinador, que foi liberado para voltar normalmente ao trabalho.
Hoje vereador, o ex-dirigente revelou que teve uma conversa com Ricardo Gomes na última sexta-feira, que não queixou-se de problema nenhum. Cunha afirmou que problemas como esse acontecem realmente de uma hora para outra. "É como um cano que estoura. Você não fica quebrando parede todos os dias para ver se vai estourar alguma coisa. Assim como não tem como a pessoa fazer exames todos os dias para ver se está tudo em ordem", explicou.
Marco Aurélio Cunha acredita que se não ficar com sequelas, Ricardo Gomes voltará a trabalhar normalmente com o futebol.
ENTENDA O CASO:
Aos 23 minutos do segundo tempo do jogo entre Flamengo e Vasco, no Engenhão, o treinador sentiu-se mal à beira do gramado e foi rapidamente atendido pelos médicos da equipe. Ricardo foi retirado do estádio em uma ambulância e rapidamente transferido para o Hospital Pasteur, onde passou por uma cirurgia para estancar a hemorragia e normalizar a circulação do sangue no cérebro do técnico.
Segundo os médicos que o atenderam no hospital, o sangramento chegou a ocupar 70% do cérebro do treinador. Ainda não é possível dizer se Ricardo Gomes ficará com sequelas e, inclusive, não está descartada a chance de uma nova cirurgia.
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