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Tite repete tática 'pós-Tolima' e joga clássico na retranca para aliviar crise

Assim como no 1 a 0 sobre o Palmeiras em fevereiro, Tite atuou na retranca no Morumbi - Júnior Lago/UOL
Assim como no 1 a 0 sobre o Palmeiras em fevereiro, Tite atuou na retranca no Morumbi Imagem: Júnior Lago/UOL

Carlos Padeiro e Renan Prates

Em São Paulo

22/09/2011 07h00

Mais uma vez Tite soube utilizar um clássico para acalmar os ânimos no Corinthians. Assim como ocorreu em fevereiro, quando uma vitória sobre o Palmeiras fora de casa aliviou a crise depois da vexatória derrota para o Tolima, o empate por 0 a 0 com o São Paulo no Morumbi, na noite da última quarta-feira, deu um respiro ao elenco após dias de turbulência.

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Não que o futebol apresentado tenha agradado à torcida. Pelo contrário. A estratégia foi atuar como um time pequeno, na retranca. Justamente a tática que deu certo no triunfo por 1 a 0 diante do Palmeiras, no Pacaembu lotado de torcedores alviverdes, quatro dias após a eliminação na Pré-Libertadores, no início da temporada.

O próprio Tite admitiu que não tinha como ser diferente, por conta do abalo psicológico sofrido após a derrota por 3 a 1 para o Santos, no último domingo.

“O momento era de retomada da confiança. O São Paulo vem de uma ascensão, vivia um momento melhor. Procuramos jogar em cima dos espaços que o São Paulo proporcionaria, porque eles já apresentaram isso em outro jogos, como contra o Ceará, quando oportunizaram contra-ataques”, ponderou o treinador.

Os números do Datafolha evidenciam o cenário. A equipe tricolor finalizou 15 vezes a gol, sendo seis bolas no alvo e uma na trave. As outras oito foram para fora. Já o time alvinegro realizou apenas cinco arremates a gol, quatro deles para fora.

Contra o Palmeiras, em 6 de fevereiro, o Corinthians finalizou oito vezes, e Alessandro anotou o gol da vitória sobre Marcos. Do outro lado, Julio Cesar se destacou em meio a um bombardeio alviverde de 19 arremates a gol.

A chance da vitória no Morumbi esteve na cabeça de Emerson Sheik, que aos 28min subiu sozinho, quase na pequena área, mas mandou por cima do gol. “Eu não esperava aquela bola. Vim de um pique longo e me pegou de surpresa”, lamentou o atacante de 33 anos.

“O São Paulo teve mais volume, mas fizemos um segundo tempo melhor, com duas bolas para vencer o jogo. Fizemos um jogo seguro pelo momento, mas nunca abrimos mão de agredir. Quando você entra em campo com Alex, Willian, Emerson e Liedson, não tem como abrir mão de agredir”, apontou Tite.

A tendência agora é por dias mais tranquilos, após protestos de torcedores na véspera do clássico. E domingo teoricamente o Corinthians tem uma partida mais fácil, já que recebe no Pacaembu, a partir das 16h, o Bahia, 14º colocado. É a oportunidade de voltar a vencer, somar 47 pontos e seguir entre os primeiros.