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Cobrado, Deivid se defende: 'Acham que preciso pegar na bola 250 vezes'

Deivid afirmou que nunca atuou como centroavante e reclamou da cobrança exagerada dos torcedores - Maurício Val/Vipcomm
Deivid afirmou que nunca atuou como centroavante e reclamou da cobrança exagerada dos torcedores Imagem: Maurício Val/Vipcomm

Vinicius Castro

No Rio de Janeiro

28/09/2011 18h43

A diretoria do Flamengo lançou a ouvidoria do clube, na última segunda-feira, na Gávea. Criada para receber elogios e reclamações de torcedores, o setor recebeu nos primeiros dias críticas em relação aos atacantes e cobranças pela contratação de Vagner Love. Nesta quarta-feira, o atacante Deivid, um dos mais criticados pela torcida, se defendeu durante entrevista coletiva no CT Ninho do Urubu, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

“Quando estava no Cruzeiro pediam para que fosse para o Flamengo. Hoje querem que eu vá embora. Isso é normal no futebol. Sempre passei pelos clubes e conquistei títulos, tenho 10 gols no Brasileiro, futebol é assim. Só que as pessoas esquecem que lá jogava em um esquema diferente”, desabafou, acrescentando.

“Nunca joguei de costas. Sempre atuei pelos cantos e vindo de trás. Tenho que abrir espaço para todos. O Ronaldo, laterais… Nos outros clubes quando fazia a jogada de canto tinham três na área. As pessoas analisam o Deivid de hoje e não o jogador que era no passado. Tenho outra função. As pessoas acham que tenho de pegar na bola 250 vezes, dar 10 canetas, 10 lençóis, e chutar ao gol. Não tem como analisar desse jeito", completou.

Visivelmente magoado com a torcida, o atacante chegou a citar exemplos de jogadores que atuam, de fato, como autênticos camisas 9, posição que enfatizou não ser a sua.

"Centroavante eram Luizão, Guilherme e aqui no Flamengo temos o Jael. Nunca joguei nessa posição, mas agora executo a função e acredito que estou fazendo bem", encerrou.