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C. Sampaio compara crise palmeirense aos anos de fila e quer aliar estudos a perfil boleiro

"Hoje posso contribuir, com experiência acadêmica e de atleta", diz o gerente de futebol - Piervi Fonseca/AGIF
"Hoje posso contribuir, com experiência acadêmica e de atleta", diz o gerente de futebol Imagem: Piervi Fonseca/AGIF

Do UOL Esporte

Em São Paulo

04/11/2011 17h27

Ídolo do Palmeiras na década de 1990, César Sampaio está de volta ao clube e foi apresentado, na tarde desta sexta-feira, como o novo gerente de futebol. Formado em Administração e Gestão Esportiva, o ex-volante da seleção brasileira fala em aliar o que aprendeu na faculdade com a sua experiência nos tempos de jogador.

Sampaio sabe que assume o cargo durante uma interminável crise que atravessa o clube de Palestra Itália. Ele comparou o momento atual ao início da década de 1990, quando ajudou o time alviverde a findar um período de 17 anos sem títulos.

“Cheguei em 91, com 16 anos de fila e uma situação adversa, cenário não muito diferente do de hoje, de insegurança e hostilidade até dos torcedores. Nós abraçamos a causa no campo”, comentou, sobre o período de títulos durante a era Parmalat, no século passado. Ele foi o capitão na conquista da Libertadores de 1999.

Questionado sobre os atritos com torcedores, que se tornaram comuns, César Sampaio lembrou que já passou por isso.

“Quando cheguei aqui, era muito pior do que isso. Colocaram arma na boca do treinador de goleiros. Tem de ter cuidado, porque amor e ódio caminham próximos. Eu venci aqui, mas não tenho a fórmula. Vamos ajeitar o ambiente, arrumar a casa, fazer algo legal", observou.

“Estou preparado. Já tive três propostas para voltar ao Palmeiras. Hoje posso contribuir, com experiência acadêmica e de atleta, na parte de gestão, planejamento, correção de rotas. Temos mais ferramentas de controle para ajudar", acrescentou, citando que havia rejeitado anteriormente convites para ser cartola do clube.

O ídolo da torcida já trabalhou como dirigente em equipes menores e terá agora a sua primeira oportunidade em uma agremiação grande.

“Eu aprendi bastante. Foi o osso que nós roemos. Comecei no Guará com o Rivaldo em 1998. Depois no Figueirense, profissionalizamos o clube. Vi que só bola não dava, fui estudar. Futebol é negócio. Fui para Pelotas. No Rio Claro, subimos [no Paulista], mas, sem um orçamento para permanecer, caímos. Trabalhei no Metropolitano e Mogi Mirim. Eu e o Cleber [ex-zagueir], conseguimos manter o Mogi na primeira divisão. São anos de aprendizado. Tive vitórias com Guará, Figueirense e perdi com Rio Claro e Pelotas."