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Serenidade de Luxa após empate não esconde clima de tensão nos bastidores do Fla

Vanderlei Luxemburgo e Patricia Amorim: momento decisivo e de crise no Flamengo - Alexandre Vidal/ Fla Imagem
Vanderlei Luxemburgo e Patricia Amorim: momento decisivo e de crise no Flamengo Imagem: Alexandre Vidal/ Fla Imagem

Vinicius Castro

No Rio de Janeiro

18/11/2011 06h10

O empate sem gols com o Figueirense irritou torcedores e dirigentes do Flamengo. O time carioca deixou de somar pontos capitais na luta por uma vaga na Libertadores, mas o técnico Vanderlei Luxemburgo optou pela serenidade após a partida disputada na última quinta-feira, no Engenhão.

Na entrevista coletiva, o discurso de avanço na competição, com 56 pontos e o quinto lugar na tabela. A má atuação do time ficou em segundo plano, apesar de Luxa ter afirmado que os jogadores mais experientes precisam aparecer. Mesmo nas perguntas mais duras, o técnico manteve a tranquilidade.

“Tivemos chances de matar o jogo. Criamos algumas possibilidades, mas o gol não saiu. Não jogamos contra uma equipe frágil. Sabemos que não ganhamos o jogo, porém, temos que considerar que avançamos na competição. Como a conquista do campeonato, a vaga na Libertadores não está definida. Vai caminhar até o final desta forma”, afirmou.

Ao contrário da serenidade aparente de Vanderlei Luxemburgo, o clima está longe de ser considerado tranquilo nos bastidores. Alguns dirigentes questionam o trabalho do técnico e o rendimento dos principais jogadores. A presidente Patricia Amorim reclamou intensamente aos seus pares da escalação do time nas duas últimas partidas.

Ao que parece, perder a vaga na principal competição do continente será fatal para a permanência de Luxa na Gávea. Soma-se a isso a reprovação de boa parte do elenco com algumas decisões. Após o jogo, Renato Abreu questionou a afirmativa do treinador de que a responsabilidade agora é dos jogadores com maior rodagem.

LUXA: "A TORCIDA ESPERAVA VITÓRIA. É NATURAL QUE FIQUEM CHATEADOS"

A descontração se afastou por ora da rotina rubro-negra. Os jogadores deixaram o Engenhão cabisbaixos e irritados com as críticas. Além dos problemas em campo, situações burocráticas, como a do atraso de salário de Ronaldinho, incomodam e atrapalham na reta final.

Sem tempo para colocar as coisas em ordem, o Flamengo terá de se reinventar rapidamente. No próximo domingo, o time enfrenta o Atlético-GO, às 17h (de Brasília), no Serra Dourada. A vitória é o único resultado que interessa. Qualquer outro placar irá causar um desdobramento ainda maior na crise que ganha força nos bastidores do clube.