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Ídolo do Sport, goleiro Magrão deseja jogar mais três anos e aguarda por renovação

Magrão passou a ser o ídolo da torcida do Sport após a saída de Marcelinho Paraíba - Alexandre Vidal/Fla Imagem
Magrão passou a ser o ídolo da torcida do Sport após a saída de Marcelinho Paraíba Imagem: Alexandre Vidal/Fla Imagem

Pedro Ponzoni

Do UOL, no Rio de Janeiro

23/06/2012 06h00

Com a saída de Marcelinho Paraíba, o goleiro Magrão passou a ser o jogador mais identificado com o torcedor do Sport. Não é para menos. Em sete anos de clube, ele levantou cinco troféus do Campeonato Pernambucano e uma Copa do Brasil. O jogador de 35 anos passou a gostar do rubro-negro e nem cogita a possibilidade de encerrar sua carreira.

  • Wagner Damásio/Especial para o Sport

    Magrão autografa uniforme de torcedor durante lançamento de sua camisa personalizada

Seu pensamento é atuar por pelo menos mais trêss anos e não escondeu seu desejo de continuar defendendo o gol do Sport. Seu contrato termina no final deste ano e ele aguarda ansiosamente para a diretoria propor uma renovação.

“Meu contrato termina em dezembro. Caso eu seja procurado ficaria muito feliz em ficar mais tempo. Pretendo jogar mais três anos e caso não continue teria que procurar outro clube. Eu me cuido bastante e acho que posso jogar mais dois anos em alto nível. Faltam seis meses para o final do meu contrato. Vamos aguardar por um desfecho positivo”, disse, em entrevista ao UOL Esporte.

Vivendo um momento especial no clube pernambucano, Magrão recordou que chegou sem muita expectativa à Ilha do Retiro. Esse paulistano iniciou a carreira no Nacional-SP e ainda passou por Botafogo-SP, Portuguesa, Ceará, Fortaleza e Rio Branco, antes de desembarcar em Recife.

“Quando cheguei aqui não esperava ficar tanto tempo. Achava que ficaria no máximo um ano e estou com sete de clube. Com o passar do tempo fui passando a gostar do clube e da cidade. É difícil defender um clube de massa como é o Sport. As boas atuações, títulos e acessos ajudaram para que eu possa ter continuado todo esse tempo”, relembrou.

Pelo tempo que está no clube alguns momentos mexem com Magrão. O fato mais marcante apontado pelo arqueiro foi a conquista inédita da Copa do Brasil de 2008. Com uma campanha convincente, a equipe então comandada por Nelsinho Batista passou por gigantes do futebol brasileiro como Palmeiras, Internacional, Vasco e Corinthians.

Saiba mais sobre o goleiro Magrão

Nome completo: Alessandro Beti Rosa
Data e local de nascimento: 9/04/1977, em São Paulo (SP)
Clubes: Nacional-SP, Botafogo-SP, Portuguesa, Fortaleza, Ceará, Rio Branco-SP e Sport
Títulos: Campeonato Cearense (2002 e 2004), Campeonato Pernambucano (2006/07/08/09/10) e Copa do Brasil (2008)

“A Copa do Brasil foi muito marcante para mim, o clube e torcedor. Foi gratificante fazer parte daquele grupo e hoje eu sou o único remanescente”, afirmou.

Magrão também teve papel decisivo nos dois acessos conseguidos pelo Sport no período, em 2006 e ano passado. O último mereceu um comentário interessante do goleiro. Ele recordou que a festa foi superior a conquista de títulos.

“Em 2005, conseguimos nos classificar de forma tranquila faltando duas, três rodadas para o fim. Já no ano passado foi mais sofrido. Tivemos dificuldade para entrar no G-4, mas nas últimas rodadas conseguimos vencer e contar com tropeços de outros times. Na última rodada ainda sofremos para ganhar do Vila Nova jogando em um campo encharcado do Serra Dourada”, comentou.

“Quando retornamos ficamos impressionados com a festa. A comemoração foi semelhante a um título. Já tinha presenciado outras comemorações, mas aquilo foi diferente de tudo”, acrescentou.

Um fato que marcou marcando Magrão, mas como coadjuvante aconteceu em 2007. Na oportunidade, ele acabou entrando para a história por levado o milésimo gol de Romário, durante vitória do Vasco por 3 a 1, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. A situação nem chega a mexer com o goleiro porque ele destacou que não vê a marca como negativa.

“Na época a repercussão foi maior. Hoje em dia as vezes lembram muito quando enfrentamos o Vasco. De qualquer forma, não vejo aquele lance como uma marca negativa. Participei de alguma maneira daquele momento, mas como coadjuvante. Não me chateia falar sobre aquele momento”, recordou.

Por fim, Magrão fez uma projeção do Sport para o restante de Campeonato Brasileiro. Em sua visão, o time tem tudo para fazer uma campanha sem sustos caso a direção acerte nas contratações.

“Iniciamos o Brasileiro sob desconfiança por conta do vice-campeonato estadual e a eliminação precoce na Copa do Brasil. Porém, acho que iniciamos bem a competição. Nas duas últimas rodadas jogamos abaixo do esperado, mas acho que com a chegada das peças que a diretoria está buscando podemos realizar uma campanha sem sustos. Vejo no máximo oito equipes na frente das demais. Os outros são muito equilibrados”, encerrou.