Ao contrário dos anos anteriores, Atlético-MG mostra "força" como visitante no Brasileiro

Jogar como visitante foi uma “pedra no caminho” do Atlético-MG nas últimas edições do Campeonato Brasileiro de 2011 e ajuda a explicar porque o time lutou contra o rebaixamento até as rodadas finais. No ano passado, por exemplo, o alvinegro somou apenas 11 pontos em 17 jogos fora de casa, sem contar os confrontos com Cruzeiro e América. Na edição 2012 da competição, no entanto, a história começou diferente e o alvinegro chegou à liderança mostrando força longe de seus domínios.

Das sete primeiras rodadas do Brasileirão deste ano, o Atlético-MG atuou quatro vezes longe de Belo Horizonte e, dos 12 pontos possíveis, como visitante, conquistou nove, o que significa 75% de aproveitamento. Todos os triunfos como visitante foram por 1 a 0, conquistados contra Ponte Preta, Palmeiras e Grêmio.

Além de obter triunfos importantes fora de casa, mudando o panorama dos anos anteriores, o Atlético-MG tem conseguido superar tabus também longe de seus domínios. Logo na estreia, venceu pela primeira vez em jogos oficiais a Ponte Preta, em Campinas. Neste domingo, voltou a ganhar do Grêmio, no estádio Olímpico, o que não acontecia há 14 anos. A última vez tinha sido por 3 a 2, em 1998, e Ronaldinho Gaúcho, estrela atleticana, ainda defendia o tricolor gaúcho.

A única derrota do Atlético-MG neste começo de Brasileiro foi também como visitante, para o São Paulo e igualmente por 1 a 0. Como mandante, o time de Cuca venceu Corinthians (1 a 0), empatou com o Bahia (1 a 1) e goleou o Náutico, por 5 a 1, obtendo 16 pontos em 21 disputados (rendimento de 76%), que o deixam na liderança, superando o Vasco no saldo de gols (sete a quatro).

“Temos de pegar este jogo (Grêmio) como parâmetro para domingo que vem jogar nesta mesma intensidade, como jogamos fora de casa”, comentou o técnico Cuca, referindo-se ao jogo com a Portuguesa, no próximo domingo, às 18h30, no Independência, pela oitava rodada.

“A gente sabe que no Brasileiro não vai ser apenas maravilha, terá tempestade, mas temos de estar prontos para superar isso também. A gente vem jogando bem fora de casa, aprendendo a jogar assim”, acrescentou Cuca.

Em 2011, o Atlético teve dificuldades fora de Sete Lagoas, onde mandou seus jogos. O time somou somente 11 pontos em 54 possíveis, sem contar os duelos contra times mineiros América e Cruzeiro, tendo assim, um aproveitamento de apenas 20,37%.

A equipe, que foi comandada por Dorival Júnior e depois substituído por Cuca, venceu apenas três vezes, Avaí (3 a 1), Atlético-PR (1 a 0), Fluminense (2 a 0), empatou duas, Bahia (1 a 1), Grêmio (2 a 2) e perdeu  12:  Flamengo (4 a 1), Ceará (3 a 0), Santos (2 a 1), Palmeiras (3 a 2), Coritiba (3 a 0), Botafogo (3 a 1), São Paulo (2 a 1), Atlético-GO (1 a 0), Internacional (2 a 1), Vasco (2 a 0), Figueirense (2 a 1) e Corinthians (2 a 1).

O zagueiro Leonardo Silva afirma que o diferencial atleticano tem sido os pontos somados como visitante neste início. “Representa muito, são pontos conquistados fora contra grandes equipes que mais à frente não vão mais perder esse tipo de pontos e nós conseguimos essas vitórias”, afirmou.

“É importante para o nosso objetivo de nos manter na parte de cima até o final da competição para brigar pelo título. Conseguimos mais uma boa vitória fora de casa, para que a gente possa se manter na parte de cima da tabela”, acrescentou o zagueiro.

O defensor comemorou o resultado obtido diante do Grêmio, no domingo, no Olímpico. “Graças a Deus vencemos, no sufoco, eles tentaram a bola aérea, a equipe estava preparada e posicionada para este tipo de jogo, tivemos oportunidade no contra-ataque de fazer um ou mais gols, definir a partida, mas a equipe se portou bem, conseguiu segurar a pressão e saímos com a vitória”, destacou Leonardo Silva.