Grêmio vive último momento 'madrasta' da tabela e se prepara para alívio ao fim do turno

"A tabela está sendo uma madrasta para o Grêmio", disse o técnico Vanderlei Luxemburgo ao fim da vitória por 1 a 0 contra o Botafogo. De fato, o Grêmio enfrentou 8 times grandes nos 11 jogos que fez até agora no Brasileirão. Se preparando para o último momento ruim, o time tricolor vislumbra um fim de turno mais tranquilo e propício para soma de pontos.

Botafogo, Santos, Cruzeiro, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Atlético-MG e Vasco, todos já foram enfrentados pelos gaúchos. Completando os 11 jogos disputados, três oponentes considerados menores: Atlético-GO, Náutico e Sport.

"A tabela está sendo uma madrasta para o Grêmio. Agora que estamos passando podemos falar. Dos 11 jogos que tivemos, 8 ou 9 foram contra clubes grandes. Só tivemos descanso contra o Náutico, e mesmo assim fora de casa, o Atlético-GO, também fora, e o Sport. Tirando esses jogos, só clássicos brasileiros", lamentou Luxemburgo.

O que pode soar como reclamação, porém, tem um outro lado. Se até agora foi madrasta, a tabela se transformará uma 'mãe' após a 12ª rodada. Ao jogar contra o Fluminense, na próxima quarta-feira, às 21h50, no Olímpico, o time gaúcho praticamente encerra os clássicos e passa a ter jogos teoricamente mais fáceis.

Depois do Flu os oponentes serão: Coritiba, Bahia, Ponte Preta, Portuguesa e Figueirense - considerados mais fracos - com Inter e São Paulo como intrusos de igual grandeza.

"Se a gente manter a regularidade de ganhar em casa e somar pontos fora de casa, o com certeza vamos nos beneficiar da tabela. Até porque você ganhando contra times que são confronto direto, que brigam por título ou Libertadores, você pula na frente. Depois pega os que tem outros objetivos. Estamos jogando fora de casa sempre para ganhar", explicou Zé Roberto.

No entanto, para fazer valer o benefício de tabela no fim do turno - que irá se repetir na reta final do campeonato - o Grêmio precisa vencer os jogos. A estratégia para isso já foi definida e consiste em encarar os times menores com o mesmo comportamento dos grandes.

"Não muda muito. Da mesma forma que vamos enfrentar o Fluminense, daqui a quatro ou cinco jogos pegaremos a Portuguesa que está lá atrás, que não está bem. Até porque é perigoso jogar contra times que brigam para não cair. Então temos que estar focados para não menosprezar os adversários. Sabemos que todo jogo será difícil, tanto com os de cima, quanto com os da parte de baixo da tabela. Mas se entrarmos impondo nosso ritmo, como tem acontecido, não seremos surpreendidos independente do adversário. Vamos respeitar sempre, seja quem for", salientou Zé.

A despedida da versão 'madrasta' do calendário gremista se dará com casa cheia. A direção do clube espera 35 mil torcedores no duelo com o Fluminense. O jogo é confronto direto pelas primeiras posições no nacional. Atualmente o Flu tem 25 pontos e o Grêmio 21. Em caso de vitória gremista a diferença entre o 3º e o 4º cai para somente 1 ponto.

O último treinamento para o duelo ocorre nesta terça-feira. Kleber volta ao ataque e Leandro deixa o time. Na lateral direita, Tony está suspenso e Edílson reassume o posto. O trabalho definitivo ocorrerá à tarde, no Olímpico.