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Incidentes no clássico mineiro serão julgados na próxima quarta-feira pelo STJD

Clássico mineiro, que terminou empatado, foi marcado por polêmicas dentro e fora de campo - Bruno Cantini/Site oficial Atlético-MG
Clássico mineiro, que terminou empatado, foi marcado por polêmicas dentro e fora de campo Imagem: Bruno Cantini/Site oficial Atlético-MG

Do UOL, em Belo Horizonte

31/08/2012 17h38

Os incidentes ocorridos no clássico Cruzeiro x Atlético-MG, no dia 26 passado, em que a torcida celeste, única presente no Independência, arremessou objetos no gramado, serão julgados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na próxima quarta-feira, às 18h. Além disso, três dirigentes citados na súmula da partida foram ser indiciados, assim como o meia Montillo, por falta violenta no final do jogo, e o árbitro Nielson Nogueira Dias.

O Cruzeiro será julgado com base no artigo 213, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata sobre lançamento de objetos e invasão de campo. A pena prevista é de perda de mando de campo de uma a dez partidas, além de multa que varia de R$ 100 e 100 mil.

O árbitro Nielson Nogueira Dias, de Pernambuco, relatou na súmula do clássico, que terminou empatado em 2 a 2, os objetos atirados pela torcida do Cruzeiro, como copos e garrafas de águas, celular e relógio. A partida ficou paralisada por sete minutos.

Além do tumulto, o árbitro relatou no documento do jogo o invasão de campo por parte do diretor de futebol do Cruzeiro, Alexandre Mattos, no intervalo do clássico. Na súmula, Nielson Dias escreveu que o gerente de futebol, Valdir Barbosa, e o diretor de comunicação, Guilherme Dias, o chamaram de “ladrão”. Os dois também foram indiciados.

Válido pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, a última do primeiro turno, o clássico mineiro foi bastante tumultuado. Além dos objetivos lançados ao campo e da invasão de campo, o árbitro expulsou três jogadores: Bernard e Pierre pelo Atlético e Leandro Guerreiro pelo Cruzeiro, que também vão a julgamento. A arbitragem não agradou e provocou reclamação dos dois lados.

No gol de empate do Cruzeiro, marcado no último minuto de partida, foi bastante constestado pelos atleticanos, que pediram falta de Montillo em cima de Guilherme. Na sequência do lance, o meia argentino cruzou a bola para o zagueiro Mateus empatar o jogo no Independência.

A Procuradoria decidiu denunciar Montillo por entender que ele deveria ter sido expulso pela falta. Incurso no artigo 254, por jogada violenta, o meia pode levar até seis jogos de suspensão. O árbitro Nielson Nogueira foi incurso em dois artigos: 259, por deixar de observar as regras da modalidade e cuja punição varia de 15 a 120 dias de suspensão; 260, por se omitir no dever de prevenir ou de coibir violência, com pena variando de 30 a 180 dias.

Atualizada às 19h01