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Zagueiro recorre à torcida e à fé por ajuda ao Palmeiras: "Nunca estive em situação tão ruim"

Maurício Ramos, zagueiro do Palmeiras, pede ajuda de Deus para sair da má fase - Danilo Lavieri/UOL Esporte
Maurício Ramos, zagueiro do Palmeiras, pede ajuda de Deus para sair da má fase Imagem: Danilo Lavieri/UOL Esporte

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

03/09/2012 16h30

"Em três anos e meio de Palmeiras, eu nunca estive em uma situação tão ruim". A frase é de um zagueiro de um time campeão há dois meses. Nem parece que, em julho, Maurício Ramos estava entre os jogadores mais felizes dentro do gramado do Couto Pereira, levantando a taça da Copa do Brasil. Agora, no começo de setembro, o atleta pede ajuda da torcida e de Deus para conseguir ver sua equipe sair da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

No treino desta segunda-feira, após a rodada que afundou o time ainda mais na zona da degola, o zagueiro mostrou que o espírito de decisão toma conta dele e de seus companheiros para o jogo contra o Sport, nesta quinta-feira, no Estádio do Pacaembu. A diretoria também quer ajudar e dará desconto de 50% nos ingressos para que a torcida compareça em peso no local.

"Todos os jogos são decisivos, mas esse é o jogo da nossa vida, de seis pontos. Eles ganharam do Santos e já vêm fortalecidos. Nós estamos jogando bem, mas não conseguimos vencer. O presidente nos ajudou e abaixou o preço dos ingressos e peço que o torcedor nos acompanhe para nos fortalecer ainda mais e para que eles façam um caldeirão", disse Maurício, para depois exaltar seu lado religioso.

"Tenho muita confiança. Primeiro em Deus. Segundo, no meu grupo, que já deu várias voltas por cima. Quando todos pensaram que não seríamos campeões, o patinho feio conquistou a Copa do Brasil. É ter muita alegria, determinação, que tudo dará certo. Em nome de Jesus, vamos sair dessa", completou ele.

Além de vencer para conseguir tirar o peso das próprias costas e também da torcida, Maurício explica que precisa dos três pontos e depois de ver o Palmeiras sair da zona da degola para voltar a ter uma vida normal. O zagueiro explica que tem passado muito mais tempo em casa do que antes da má fase para evitar ouvir cobranças dos palmeirenses e piadinhas dos rivais.

"Muda muito, porque você sai na rua, sabe que o time está mal e ouve piadinhas. Por isso, preferimos ficar mais em casa com a família. Coitada das esposas, que têm de nos aguentar, ficam acordadas conosco, porque também não conseguimos dormir. Sem contar que, em casa, sempre refletimos mais no que fazer de melhor. A confiança agora tem de ser fortalecida para na quinta ser o jogo da vida", finalizou.

Nesta segunda-feira, enquanto Maurício Ramos dava coletiva, os reservas do Palmeiras tentavam mostrar serviço a Felipão. O treinador comandava um jogo treino diante do sub-20 palmeirense. Os titulares, por sua vez, fizeram apenas trabalho de recuperação muscular.