O Flamengo demitiu Joel Santana, contratou Dorival Júnior e teve a impressão, no início do trabalho do novo técnico, que as coisas tinham se acertado. A avaliação inicial, porém, não se manteve nos jogos seguintes. Com uma queda considerável de produção, o rubro-negro não vence há seis partidas e amarga uma sequência de quatro derrotas consecutivas.
Entre uma extrema dependência de Vagner Love, desfalques em séries e uma intensa crise nos bastidores, o UOL Esporte separou uma lista com os principais motivos da queda que levou o Flamengo para bem perto da zona do rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
"LOVEDEPENDÊNCIA"
| Com um elenco limitado e sem maiores opções ofensivas, o Flamengo ficou refém do desempenho de Vagner Love e depende cada vez mais da pontaria do "Artilheiro do Amor" para vencer no Campeonato Brasileiro. Se o atacante faz gol, o time pode vencer. Se não marca, perde ou empata. Desde que Dorival Júnior chegou, tem sido assim. Love garantiu as vitórias contra Figueirense, Náutico e Vasco. Em 12 jogos sob o comando do treinador, o Flamengo marcou oito gols. Love fez seis. Os outros foram marcados por Ramon, na goleada sofrida para o São Paulo, e Ibson, no empate com o Sport, em Volta Redonda. |
CRISE NOS BASTIDORES
O mau momento do time do Flamengo dentro de campo também é reflexo da crise que rondou os bastidores do clube da Gávea nas últimas semanas. Questionado por membros da diretoria e com um relacionamento conturbado com os jogadores, Paulo César Coutinho foi demitido do cargo de vice presidente de futebol. A situação abalou o diretor executivo Zinho, que não escondeu sua insatisfação. O cartola destituído do cargo era considerado por alguns atletas um grande "peso" no vestiário e não conseguia facilitar a relação com a diretoria do clube, como deveria ser feito. | |
DIFICULDADE DE DORIVAL EM REPETIR ESCALAÇÃO
| Em 12 jogos no comando do Flamengo, Dorival Júnior ainda não conseguiu dar uma "cara" ao time rubro-negro. E a dificuldade não é difícil de entender. Com diversos problemas de lesões, suspensões e até mesmo jogadores convocados para seleções, o treinador já testou dez formações diferentes e nunca conseguiu repetir a escalação da equipe de uma partida para outra. Nos últimos quatro confrontos, com derrotas em todos eles, o comandante fez pelo menos três alterações de um jogo para o outro, o que dificultou ainda mais o entrosamento do rubro-negro. |
MÁ FASE DE ALGUNS VETERANOS
Pilares do Flamengo, Ibson e Léo Moura (foto) respondem por boa parte da queda do time. Antes apontados como soluções e unanimidades nas arquibancadas, ambos já não gozam do mesmo prestígio e, principalmente, não apresentam o mesmo futebol de outrora. Enquanto o meia chegou a ser barrado e só voltou ao time após uma lesão no joelho de Renato Abreu, o lateral já não mostra mais o mesmo vigor físico de antigamente e vem tendo atuações abaixo da média. Justamente pelo seu lado tem saído a maioria dos gols sofridos pela equipe rubro-negra. | |
DESFALQUES DE RENATO ABREU E CÁCERES
| Apontados por Dorival Júnior e jogadores como os pontos de equilíbrio do time do Flamengo, Renato Abreu (foto) e Cáceres ficaram de fora dos últimos jogos e suas ausências foram muito sentidas pela equipe. Com uma lesão no joelho, Renato deixou o time após o clássico contra o Vasco. De lá para cá, o rubro-negro não venceu nenhuma partida. Já Cáceres, constantemente convocado para a seleção paraguaia, foi desfalque nas últimas três partidas e o time perdeu todas. O volante volta ao time neste domingo, enquanto Renato terá que esperar mais uma semana. Diante disso, o Fla precisa aprender a jogar sem os dois. |
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