Para tentar reaver investimento, Botafogo dá nova chance a Jobson e deve inscrevê-lo no BR

Jobson terá nova chance no Botafogo. Em sua quarta passagem pelo Alvinegro, o atacante não conta com o mesmo prestígio das oportunidades anteriores e treinará separadamente do elenco. A diretoria deve inscrevê-lo no Campeonato Brasileiro até esta sexta-feira – data limite para a chegada de novos atletas na competição –, mas não tem a intenção de utilizá-lo. O que motivou o Glorioso a acertar sua volta foram os R$ 3,6 milhões investidos em 2010, por 60% dos seus direitos econômicos. Apesar dos problemas, o clube não desiste de recuperar o dinheiro.

A decisão de aceitar novamente Jobson foi muito pensada em General Severiano e não foi unânime. Apesar do alto dinheiro envolvido, alguns dirigentes eram a favor da rescisão de contrato. Porém, a vontade do presidente Maurício Assumpção e do diretor executivo Sérgio Landau prevaleceu e o atacante voltará a utilizar as dependências do clube. Existe a expectativa de que isso possa ocorrer até domingo.

O atacante deve ser inscrito no Campeonato Brasileiro, mas a intenção inicial é de que Jobson treine separado até o fim do ano, quando poderá assinar com um novo clube e dar prosseguimento à sua carreira. Entretanto, a diretoria admite que esta situação pode mudar no futuro e quer ter a opção de utilizar o jogador na competição caso necessário.

O histórico de Jobson no Botafogo é de altos e baixos. O atacante chegou ao clube em 2009 e foi decisivo na campanha contra o rebaixamento, marcando gols importantes na reta final. No fim do ano, o jogador se transferiu para o Cruzeiro, mas viu o negócio ser cancelado ao ser flagrado no antidoping por uso de cocaína.

O Alvinegro o aceitou de volta e Jobson retornou aos gramados após cumprir pena de seis meses imposta pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Entretanto, o atacante manteve a fama de garoto-problema e acabou emprestado para Atlético-MG e Bahia. Em boa fase no time de Salvador, o jogador voltou a cometer ato de indisciplina e acabou dispensado.

Em seguida, foi julgado pela Wada (Agência Mundial de Doping) e escapou de ser banido do futebol para cumprir mais seis meses de suspensão. O Botafogo apareceu na vida do jogador pela terceira vez e deu nova oportunidade. Após um início animador, Jobson voltou a causar problema e foi emprestado ao Barueri, onde ficou por um mês. O atacante alegou excesso de ‘tranquilidade’ e chegou a acertar com o Avaí, mas o regulamento da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) impediu o negócio – a regra não permite que um jogador defenda três clubes diferentes no Brasil em uma mesma temporada

Afastado do clube paulista, Jobson mantém a forma em uma academia particular. Preocupado com a forma do atacante e, consequentemente, com o dinheiro investido, o Botafogo abriu suas portas pela quarta vez. A ideia é negociá-lo definitivamente e recuperar os R$ 3,6 milhões investidos.