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Diretoria admite fase ruim do Atlético-MG, mas rejeita 'choque'; Dario lamenta "perda da alma"

Atlético-MG, de Ronaldinho Gaúcho, só empata com Portuguesa e vê liderança distante - Leandro Moraes
Atlético-MG, de Ronaldinho Gaúcho, só empata com Portuguesa e vê liderança distante Imagem: Leandro Moraes

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Belo Horizonte

02/10/2012 06h00

A queda de rendimento do Atlético-MG no segundo turno do Brasileiro, onde somou apenas 10 pontos e não vence há quatro jogos é considerada como natural pela diretoria do clube mineiro, que se diz atenta ao momento do time, mas não promete nenhum “choque” na reta final da competição. “O momento é de calma, estamos vivendo uma situação ruim, mas continuamos na briga, não podemos esquecer tudo o que já fizemos no Campeonato, ainda tem muita competição pela frente”, afirmou o diretor de futebol atleticano, Eduardo Maluf.

  • Arquivo Folha

    Destaque na conquista do único título brasileiro do Atlético-MG, Dario perde o sono com o time no returno

Nas oito partidas disputadas até então, pelo returno do Brasileiro, a equipe comandada por Cuca venceu somente duas e foi derrotado outras duas vezes – a terceira derrota, para o Flamengo, por 2 a 1, na quarta-feira passada, foi válida pelo primeiro turno –, além de quatro empates, mostrando dificuldade para triunfar no segundo turno.

Seis pontos atrás do Fluminense, na segunda colocação e precisando superar a maior diferença de pontos para o primeiro colocado em toda a competição, o Atlético-MG vive seu pior momento na temporada. Apesar de apresentar futebol previsível nos últimos jogos, o time comandado por Cuca tem apoio da diretoria.

“Toda equipe vive momento ruim em uma competição difícil e longa como o Campeonato Brasileiro. É natural e sempre acontece. O time tem de retomar o caminho, mas sem ser feito algo de diferente, com tranquilidade, trabalho. Agora o time terá mais tempo para descansar e treinar”, observou Eduardo Maluf.

Para ajudar o time a retomar o caminho das vitórias no Brasileiro e continuar “vivo” na luta pelo título nacional, a diretoria atleticana vem conversando com o elenco e a comissão técnica. A cada semana, reuniões com o grupo têm acontecido, com o objetivo de fazer cobranças, mas, principalmente, passar tranquilidade e confiança no trabalho.

O dirigente atleticano descarta que a queda de rendimento tenha sido provocada por mudança de comportamento do time e nega a existência de algum problema interno. No primeiro turno, a situação do Atlético-MG era totalmente diferente, tendo conquistado inclusive o título de campeão simbólico.

Ídolo perde sono

Se a diretoria e a comissão técnica atleticana mostram tranquilidade em relação à queda no desempenho do time no segundo turno, torcedores do Atlético-MG e ex-jogadores mostram temor com o distanciamento na luta pelo título. Eles pedem para os atletas “acordarem” para garantir classificação para a Libertadores de 2013.

  • Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

    Eduardo Maluf: "momento é de calma, estamos vivendo situação ruim, mas continuamos na briga"

O ex-atacante Dario, ressalta que a queda no segundo turno vem lhe “tirando o sono”. “Caiu muito, está distante do Fluminense. Estou com medo de não ir nem para a Libertadores, não durmo mais direito”, disse Dadá Maravilha, que atuou com a camisa alvinegra na década de 70.

O time perdeu a alma. Eu via os jogadores com a alma do time de 71 (ano em que o Atlético conquistou seu único título brasileiro), lutando pela bola, dando sangue, agora perdeu isso, não sei o que aconteceu. Peço que retomem este espírito de Atlético”, acrescentou o irreverente atleticano.

O ex-Atacante ponta do Atlético-MG Paulo Isidoro, que integrou um dos melhores times da história do clube, na década de 70,  “jogou a toalha” em relação ao título e pensa na classificação para a Libertadores. “Voltar para a Libertadores já é um grande feito para o Atlético. Hoje, o título está mais difícil, a vantagem ficou grande, mas tem de voltar a vencer para confirmar vaga na Libertadores”, observou.