Topo

Saída do Vasco do G-4 tem queda no 2º turno, salários atrasados e dependência de Juninho

Felipe (6) tenta o arremate durante a derrota do Vasco para o Santos na Vila Belmiro - Ricardo Nogueira/Folhapress
Felipe (6) tenta o arremate durante a derrota do Vasco para o Santos na Vila Belmiro Imagem: Ricardo Nogueira/Folhapress

Do UOL, no Rio de Janeiro

15/10/2012 06h10

Foram 54 rodadas consecutivas no G-4 do Campeonato Brasileiro. O recorde absoluto na era dos pontos corridos trouxe orgulho aos torcedores do Vasco, mas se transformou em pesadelo desde o posto ameaçado nas últimas rodadas até a saída definitiva após a derrota por 2 a 0 para o Santos, no último domingo, na Vila Belmiro. A queda de rendimento no segundo turno e uma espécie de “Juninho-dependência” são alguns dos motivos que colocam em risco a conquista de uma vaga na Copa Libertadores de 2013. Além disso, o problema dos salários atrasados voltou a incomodar os jogadores no momento mais decisivo da temporada.

Se no primeiro turno o Cruzmaltino brigou quase durante todo o tempo pelo título, a campanha na segunda metade da competição afastou completamente a possibilidade e complicou a classificação para a principal competição do continente no próximo ano. Em 11 jogos, o Gigante da Colina conquistou quatro vitórias, três empates e foi derrotado em quatro ocasiões. Com 15 pontos, o time tem apenas a 11ª campanha do returno.

Desde a estreia do técnico Marcelo Oliveira foram duas vitórias em seis partidas. O revés para o Santos tratou-se do segundo consecutivo para o atual quinto colocado do Brasileirão com 50 pontos, dois atrás do São Paulo. Virar a página e buscar alternativas é uma necessidade já para o clássico contra o Botafogo, quinta-feira, às 21h, no Engenhão, pela 31ª rodada.

Um dos problemas que o treinador precisa resolver está ligado diretamente ao processo de dependência da equipe em torno do capitão Juninho. O veterano não atuou no fim de semana em razão de dores musculares e o Vasco se mostrou frágil nas bolas paradas e até na criação das jogadas. Nos últimos seis jogos que disputou, o camisa 8 marcou três gols. E mesmo na derrota para o São Paulo se mostrou o personagem mais perigoso. Quando o Pernambucano não atua, o Cruzmaltino aparenta ser previsível.

Além das questões dentro de campo, o impasse envolvendo os salários atrasados é um diferencial negativo que o time de São Januário tem para a reta final. A diretoria planeja quitar algumas pendências durante esta semana. Os jogadores já expressaram a insatisfação internamente e durante entrevistas. Porém, o técnico Marcelo Oliveira mantém a descrição sobre o assunto embora reconheça os desafios.

“Os jogadores estavam concentrados no jogo. A questão financeira não influenciou. Era uma partida difícil. No Brasileiro acontecem surpresas, mas em outras vezes é só superioridade do adversário. Existe equilíbrio técnico e tradição. Estou me inteirando de tudo no Vasco ainda e conhecendo as características dos jogadores. Temos que ajustar as coisas”, comentou.