Topo

Após estreia no profissional, Dybal esquece crise palmeirense e se coloca à disposição de Kleina

Bruno Dybal jogou no meio do Palmeiras na Copa São Paulo de Juniores de 2012 - FABIO MENOTTI / PALMEIRAS /DIVULGAÇÃO
Bruno Dybal jogou no meio do Palmeiras na Copa São Paulo de Juniores de 2012 Imagem: FABIO MENOTTI / PALMEIRAS /DIVULGAÇÃO

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

07/11/2012 16h07

"Agora é definitivo. Eu vim para ficar". Esbanjando confiança, Bruno Dybal, de 18 anos, concedeu sua primeira entrevista após treinar com os profissionais. O meia foi promovido pelo técnico Gilson Kleina e, por já estar registrado como jogador do Palmeiras antes mesmo das inscrições do Brasileirão, tem condições de reforçar o time desde já.

Ao UOL Esporte, Dybal disse que não tem nenhum receio de estrear em crise e de ser queimado pela torcida caso não vá bem no péssimo momento que os palmeirenses vivem atualmente.

VEJA COMO FOI A BRIGA ENTRE PM E PALMEIRENSES

"Fiquei feliz demais com meu primeiro treino e ainda joguei contra meus ex-companheiros. Isso foi legal, porque mostra que se eu cheguei os outros também podem chegar. Eu me firmar depende só do meu futebol. Para eu estar preparado, eu tenho que jogar. Eu estou me preparando bem, me capacitando para isso e acho que isso (a crise) não vai me atrapalhar", disse Dybal.

"Eu me coloco à disposição do Kleina, porque minha obrigação é ajudar. Se o Palmeiras estivesse na final, ninguém ia se recusar a jogar. E na fase ruim também não preciso pedir para não jogar", completou.

Com personalidade, o meia já até incorporou o discurso de "boleiro" e não se intimida na hora de usar as frases no plural, como manda o "manual dos jogadores".

"Vejo um grupo um pouco abatido, mas todos acreditam na saída da Série B. Todos falam lá dentro que vamos lutar até o final. Enquanto tiver 1% de chance, nós vamos acreditar", disse ele.

Com a ida aos profissionais, Dybal também passa a aparecer mais na imprensa. A exposição que pode ser negativa em um momento de crise, pode ser positiva na hora de fazer um gol, de conquistar um título e na hora, claro, de ganhar um novo contrato ou ainda ir para a Europa.

Muito religioso, o garoto afirmou que usará a religião e os pés no chão para que o foco não seja alterado em nenhum momento e que as tentações de uma vida de jogador de futebol não o atinjam.

"Eu vou ficar com os pés no chão. Tenho até namorada, então as marias-chuteiras não vão me atrapalhar muito, não. Em relação à fama, eu já sou reconhecido em alguns lugares, sei mais ou menos como é que é. Claro que vai aumentar, mas isso não vai mudar nada para mim", finalizou Dybal.

Depois de estrear entre os profissionais na terça-feira, Dybal voltou para o time B para disputar apenas a Copa do Brasil sub-20 e já passa a estar na Academia de Futebol novamente na quinta-feira. Ele se junta a outros garotos da base que treinam com Kleina, como Vinícius, João Denoni, Patrick Vieira e Diego Souza.