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Brasileiro teve goleador com poucos chutes e Lucas superando Neymar; veja curiosidades

Decisivo na conquista do Fluminense no Brasileiro, Fred foi eleito craque da competição - Photocamera
Decisivo na conquista do Fluminense no Brasileiro, Fred foi eleito craque da competição Imagem: Photocamera

João Henrique Marques

Do UOL, em São Paulo

04/12/2012 06h01

O Campeonato Brasileiro finalizado no último final de semana teve detalhes estatísticos curiosos. O UOL Esporte listou dez itens sobre o tema com base em números registrados pelo Datafolha, e cita, por exemplo, que o artilheiro Fred, com 20 gols, não precisou de muitas tentativas para atingir a marca. Outro aspecto relevante é o fato de Lucas ter tentando menos dribles que Neymar, mas ter conseguido concluí-los com maior eficiência.

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A precisão de Fred chama a atenção. O goleador não termina a competição nem entre os dez maiores finalizadores em média. Ele realizou 76 arremates no total, tendo assim um gol a cada 3,78 tentativas.

O ranking do quesito foi liderado pelo argentino Herrera, com 4,2 chutes por jogo. O botafoguense fez apenas cinco jogos no início da competição, marcou cinco gols, e foi vendido para o futebol árabe logo depois. A segunda posição entre os maiores finalizadores foi de Neymar, com 3,9 arremates por partida de média.

O atacante santista aparece na ponta de outros três quesitos. No entanto, o que mais chama a atenção é o fato de não ter terminando o Brasileiro como o maior driblador. Neste quesito, Lucas, do São Paulo, o superou, mesmo tentando 1,7 drible menos do que Neymar por partida.

Veja a seguir 10 itens curiosos das estatísticas

O preciso

O artilheiro do Brasileiro com 20 gols, Fred, não está nem entre os dez maiores finalizadores da competição. Ele tentou apenas 2,7 chutes por jogo. Isso significa que a cada 3,78 chutes, o atacante marcou um gol. O ranking de finalizações teve Herrera na liderança, com 4,2. No entanto, o ex-jogador do Botafogo fez apenas cinco jogos na competição.

O Driblador

Lucas tentou menos dribles que Neymar, mas saiu como o mais eficiente no quesito no Brasileirão. O são-paulino teve 6 dribles certos por jogo, com 6,3 tentativas de média. Já o santista acertou 5,8 dribles por jogo, com um total de 7,5 tentativas.  Lucas e Neymar foram, disparados, os melhores no quesito. O terceiro foi o meia do Coritiba, Rafinha, com 3 dribles certos por partida.

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Rei das estatísticas

Em quatro, das cinco estatísticas produtivas de jogadores no Brasileiro, Neymar aparece como primeiro ou segundo colocado. Ele foi Top 2 nos quesitos faltas recebidas, finalização, bolas recebidas e dribles. A única que não consta entre os primeiro é a de assistências. Em contrapartida, o santista foi quem mais perdeu a bola na competição, com média de 13 por jogo.

O espectador

Cássio foi o goleiro com menos trabalho no Brasileiro. O camisa 1 do Corinthians fez apenas 2,2 defesas por jogo.  O substituto de Rogério Ceni no São Paulo, Denis, foi o goleiro com o maior número de defesas por jogo na competição. O jovem fez 4,2 defesas por partida, em um total de 14 jogos disputas. Já o ídolo do clube, Ceni teve números mais modestos no quesito, com 3,1 defesas por jogo.

Chuveirinho produtivo

Juninho Pernambucano abusou de “chuveirinhos” na grande área no Brasileiro. O vascaíno foi teve média de 10,5 cruzamentos por jogo. No entanto, o jogador mostrou ser produtivo com o recurso, e terminou a competição como o principal “garçom”. Juninho teve média de 1,9 assistência por jogo.

O cabeceador

Com apenas 1,76m, Bruno Mineiro fez de cabeça metade dos 14 gols marcados no Brasileiro. Os sete gols impressionam e é marca bem maior, por exemplo, do que a apresentada por todo o time do Flamengo, o pior no quesito, com quatro gols de cabeça. O atacante da Portuguesa foi o melhor cabeceador da competição. Hugo, do Sport, e Luis Fabiano, do São Paulo, dividiram o segundo posto, com cinco gols de cabeça cada.

Os minutos decisivos

O campeão Fluminense abusou de gols marcados nos últimos minutos do Brasileiro. O time assinalou 19 gols nos momentos decisivos das partidas. Somente o artilheiro Fred foi responsável por sete. No quesito, a última colocação ficou com o rebaixado Palmeiras, com apenas cinco gols. Barcos foi o autor de três.   

Seedorf discreto

Em seu primeiro Brasileiro, Seedorf teve números discretos. O holandês não aparece entre os dez primeiros em nenhum dos quesitos estatísticos da competição. Pelo Botafogo, ele marcou oito gols, sendo todos de perna direita.

 Artilheiro caseiro

Kieza marcou 11, dos 13 gols no Brasileiro, no estádio dos Aflitos. Com isso, o atacante do Nautico, sétimo goleador no geral, foi o maior artilheiro caseiro da competição. Luis Fabiano, com 10 gols no Morumbi, ficou em segundo. Entre os visitantes ingratos, Fred foi o melhor disparado. O goleador da competição marcou 12, dos 20 gols, fora de casa.

Palmeiras zerado

Os gols de bola parada, a grande força do Palmeiras em outras recentes competições, não aconteceram. O time ficou zerado no quesito, em 38 jogos, mesmo contando com o especialista em cobranças, Marcos Assunção. O curioso é que o palmeirense Souza, que jogou a competição por empréstimo no Náutico, foi o melhor cobrador de faltas do Brasileiro, com cinco gols marcados desta forma.