Topo

Receio com volta de ídolos e nova filosofia de Juvenal apoiam Ney no São Paulo

Ney Franco, técnico do São Paulo, ainda tem fôlego para trabalhar no São Paulo - Rubens Chiri / saopaulofc.net
Ney Franco, técnico do São Paulo, ainda tem fôlego para trabalhar no São Paulo Imagem: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

07/06/2013 06h01

A tendência é que o pedido por Muricy Ramalho vire uma tendência a cada derrota do São Paulo. A diretoria sabe disso, mas entende que o treinador não é alguém bem cotado para o futuro próximo no time do Morumbi. Os dois principais motivos partem do jeito de pensar de Juvenal Juvêncio.

O primeiro é a nova filosofia do presidente são-paulino. O dirigente acredita que trocar treinador não é o caminho de fazer um time reagir em um momento ruim. Ele já repetiu seu pensamento em diversos momentos de crise enquanto Ney Franco esteve no comando, inclusive em uma entrevista ao UOL Esporte, e deu um claro sinal logo após a Libertadores.

Depois da goleada aplicada pelo Atlético-MG por 4 a 1, o cartola veio a público para dar entrevista e fez questão de trazer o diretor de futebol, Adalberto Baptista, o vice-presidente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, e o técnico Ney Franco na mesa. Além de garantir a continuidade do comandante fazendo diversos elogios, mandou embora sete jogadores.

O recado era claro. Juvenal queria mostrar aos jogadores que entendia que Ney Franco estava correto no seu trabalho e que a mudança precisaria vir de dentro do campo.

Outra marca que Juvenal quer apagar antes de sair do mandato é o de demitir técnico em qualquer crise. As vítimas de sua gestão foram Emerson Leão, Adilson Batista,  Paulo Cesar Carpegianni e Sérgio Baresi.

A resistência a Muricy também tem outro aspecto. Juvenal não esconde que tem medo de trazer ídolos de volta. Tricampeão brasileiro, o treinador tem um lugar reservado na galeria dos maiores comandantes que dirigiram o Tricolor, com algumas comparações, até, a Telê Santana.

Já havia sido assim com nomes como Lugano e Danilo e, mais recentemente, com Josué. Um dos maiores exemplos citados por ele, aliás, foi a tentativa de trazer de volta Cicinho. Na ocasião, o lateral direito admitiu que não conseguiu desenvolver um bom futebol e virou a grande propaganda contra a volta de ídolos. 

Confira a entrevista que Juvenal deu ao UOL Esporte em março deste ano