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São Januário reduz 44% em 15 anos e faz adaptação para clássicos no BR

A diretoria do Vasco promove novas adaptações no estádio de São Januário para o BR - Marcelo Sadio/ site oficial do Vasco
A diretoria do Vasco promove novas adaptações no estádio de São Januário para o BR Imagem: Marcelo Sadio/ site oficial do Vasco

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

05/07/2013 06h10

Viabilizar São Januário para clássicos no Rio de Janeiro segue como um dos principais objetivos da diretoria do Vasco na temporada. O estádio já foi o maior da América do Sul, mas teve a capacidade reduzida em 44% nos últimos 15 anos. Até o meio de setembro, o Cruzmaltino passa por novas adaptações com o objetivo de receber dois confrontos contra rivais no Campeonato Brasileiro.

Na final da Libertadores de 1998, 36 mil torcedores acompanharam o confronto contra o Barcelona de Guayaquil. Em 2000, foram 32 mil vascaínos presentes na decisão da Copa João Havelange. Uma confusão na arquibancada causou o rompimento do alambrado. A partir daí, as mudanças no estádio começaram e intensificaram após o lançamento do Estatuto do Torcedor no ano de 2003.

A lei exige que estádios com mais de 20 mil lugares sejam monitorados por câmeras e possam contar com assistência médica proporcional ao público. Em dificuldades financeiras na época, o Cruzmaltino baixou a lotação para 18 mil torcedores e promoveu as mudanças na sequência. Desta forma, a capacidade de segurança ficou definida em 24.800 espectadores. No entanto, novos pedidos foram feitos pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

Atualmente, São Januário comporta 18 mil vascaínos e dois mil visitantes, números que comprovam a redução da capacidade do estádio em 44% nos últimos 15 anos. Para retornar aos 24.800 torcedores, o Vasco busca resolver um problema que pode facilitar a realização de clássicos em sua casa.

“Tínhamos outra situação anos atrás. Não existia a fiscalização de hoje. Isso foi fundamental para a redução da capacidade. O Corpo de Bombeiros quer uma forma mais rápida de evacuar o público e fez novas exigências recentemente. Eles pediram para alterarmos a forma de abertura dos portões e o número de catracas. Eles medem o espaço e definem a nossa capacidade. O Vasco busca a adaptação da melhor maneira possível”, explicou o vice-presidente de patrimônio do Vasco, Manuel Barbosa.

A diretoria promete concluir as alterações até o meio de setembro e planeja receber ao menos dois clássicos pelo Campeonato Brasileiro. Os adversários preferidos são Botafogo e Fluminense, já que existe um acordo para disputar as partidas contra o Flamengo em Brasília.

“Depois dessa alteração não teremos mais barreiras para realizar os clássicos em São Januário. A questão financeira e a rivalidade com o Flamengo tiraram os jogos daqui. Mas já temos o acordo com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. A nossa torcida fica com 90% dos lugares e o visitante com os outros 10%. Essa é a ideia do Vasco e vamos brigar até o final”, encerrou o dirigente.

VASCO LUCRA R$ 400 MIL, DISTRIBUI PRESENTES E VIRA 'BASE' DA FIFA NO RIO

  • Jefferson Bernardes/VIPCOMM

    A cessão de São Januário à Fifa para a Copa das Confederações rendeu lucros ao Vasco. Entre equipamentos doados pela entidade máxima do futebol mundial e o aluguel para o amistoso entre Itália e Haiti, o Cruzmaltino capitalizou em torno de R$ 400 mil. A diretoria retribuiu com uma série de presentes para as seleções que treinaram no estádio, cumpriu as exigências fundamentais da competição e transformou o clube em uma base da Fifa no Rio de Janeiro.