Cuca rechaça rótulo de "pidão", mas admite tática para convencer Kalil a contratar
Visando a disputa do Mundial de Clubes em dezembro, o técnico Cuca planeja reforçar o elenco do Atlético-MG e tem solicitado algumas contratações para o presidente Alexandre Kalil, que por conta disso chamou o treinador de “pidão”. Apesar de tentar rejeitar o rótulo, o treinador admitiu utilizar uma tática para convencer o mandatário atleticano.
“Quando ele não atende, eu vou no João, no Felipe, no Lucas, e eles vão no pai e ele acaba atendendo a gente”, brincou o treinador, se referindo aos filhos de Kalil. “É necessário a força do grupo, o presidente fala que sou pidão, mas é importante ter mais dois ou três que entram bem. O campeonato é desgastante, tem que ter elenco”, acrescentou.
Em participação recente no programa A Última Palavra, do canal Fox Sports, Alexandre Kalil brincou e disse que Cuca é um “menino pidão”. “Ele falou só a metade da verdade, que sou um menino, mas pidão, não. Eu não peço para mim, peço para o Atlético e sendo bom pro Atlético é bom para ele também”, disse o treinador.
As chegadas de Dátolo e Fernandinho fazem parte do fortalecimento do grupo alvinegro, que ficou mais enfraquecido especialmente após a venda do meia-atacante Bernard para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, por 25 milhões de euros.
Além da saída de Bernard e de alguns reservas ao longo da temporada, o treinador também tem sofrido com desfalques por lesão e jogadores convocados para a seleção brasileira, como foi o caso de Jô na última semana. Por causa dos problemas, ele chegou a relacionar jovens jogadores da base para ficar no banco em partidas do Campeonato Brasileiro.
Com os novos contratados, Cuca já passa a ter mais opções para escalar o time e, ao contrário de muitos treinadores que costumam dar um tempo de preparação, já está utilizando os jogadores quase que de imediato. Dátolo, que estava sendo pouco aproveitado no Internacional, sequer foi apresentado oficialmente e já fez sua estreia com a camisa alvinegra.
Já o atacante Fernandinho, que assim como o argentino iniciou os treinamentos no início da semana e não vinha jogando com frequência, viaja com a delegação para Porto Alegre e muito provavelmente fará sua estreia diante do Internacional, neste domingo, às 18h30, em Novo Hamburgo.
O treinador defendeu os dois atletas, considerados 'renegados', e disse que o histórico por outras equipes não é relevante. “Para mim não é importante o que o jogador fez, importa o que ele vai fazer aqui. A conversa direta que temos com os jogadores quando ele chega, aqui ele tem vida nova, começa do zero. Foi assim com muitos que estão aqui e eles foram muito bem. São novos e tenho certeza que eles vão vingar também”, ressaltou.
Além de Fernandinho e Dátolo, o Atlético segue em busca de reforços. Wesley, do Palmeiras, foi um nome que esteve muito próximo de acertar com o clube, mas a negociação emperrou com a alta pedida do Palmeiras. No entanto, a diretoria alvinegra prefere não falar sobre nomes. “Vamos fazer por etapas, trouxemos o Dátolo e agora estamos apresentando o Fernandinho, e vamos falar dessas duas contratações”, disse o diretor de futebol do Atlético, Eduardo Maluf.
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