Inter enfrenta dependência de D'Ale e 'números de rebaixado' contra o Bahia

Um único desfalque que vale por 10. A ausência de D’Alessandro no jogo contra o Bahia, nesta quinta-feira, coloca o Internacional outra vez diante de uma deficiência sua em todo o ano: a dependência do argentino. Em seis jogos sem o gringo, o time não ganhou. Tem aproveitamento de rebaixado, 22,2%, e sua pior derrota em 2013.

No caso de D’Alessandro, o clichê se aplica. Sem ele, o Colorado perde sua alma. E não é para menos, o capitão da equipe dirigida por Dunga é o jogador mais acionado do Brasileirão, nas estatísticas do DataFolha. É um dos artilheiros do time na temporada, ao lado de Diego Forlán, com 17 gols marcados.

Números e atitudes que só aumentam o problema. Na ausência de D’Ale, o Colorado terá de mudar o que tem de melhor. Fabrício, Alan Patrick, Caio e até Willians são os cotados para ocupar a vaga no time, mesmo que a lacuna dificilmente seja preenchida.

“O D’Alessandro é um jogador diferente. Ele dita o ritmo e é exemplo. Os outros jogadores veem ele fazendo e fazem também”, comentou Dunga em recente entrevista ao ser indagado sobre o argentino.

A partida contra o Bahia, às 21h desta quinta, na Fonte Nova, será o sétimo jogo do Inter no ano sem D’Ale. Até aqui, quatro empates e duas derrotas. Míseros 22,2% de aproveitamento.

Derrota diante do Lajeadense, pelo Gauchão, e Náutico, no Brasileirão. O tropeço diante dos pernambucanos, aliás, é o maior da era Dunga como técnico. Em nenhum outro jogo o Colorado levou três gols de diferença.

Ainda completam a lista de jogos com D’Alessandro fora: o empate sem gols com o Cruzeiro e o São José, pelo Campeonato Gaúcho. O empate com o Santa Cruz-PE, também com escore fechado, e um 2 a 2 diante do Salgueiro-PE, ambas partidas válidas pela Copa do Brasil.