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Flu luta contra 'estigma' na esquerda e cogita 7º lateral em 17 dias

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

19/10/2013 06h06

O Fluminense tem sofrido com uma situação ingrata nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. O Tricolor não consegue manter um jogador na posição desde que Carlinhos e Ronan se lesionaram no empate por 1 a 1 com o Botafogo, no dia 2 de outubro. Léo pode ser o sétimo a desempenhar a função neste curto período contra a Ponte Preta, às 16h deste sábado, no Maracanã.

A possibilidade da estreia do lateral de 17 anos existe por conta de um estiramento muscular sofrido por Ailton, de 19, na derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro, na última quarta-feira. Ele foi o terceiro jogador da posição no clube a sofrer uma lesão deste tipo em quinze dias.

“Está parecendo até um estigma da lateral esquerda. Além do Carlinhos, perdemos o Ronan e o Ailton. Estamos tendo que trazer a terceira opção vinda da categoria de base”, lamentou o diretor executivo de futebol do Fluminense, Rodrigo Caetano, que teve sua impressão reiterada por Vanderlei Luxemburgo.

"Parece até que alguém está batendo tambor na lateral esquerda. Depois do Carlinhos e do Ronan, o Aílton também se machucou”, brincou o treinador.

O jovem Léo tem boas chances de fazer sua primeira aparição entre os profissionais neste sábado, já que o outro candidato, o volante Rafinha, pode ser deslocado para cumprir o papel do meia Wagner, que é dúvida para a partida por conta de uma luxação no ombro esquerdo.

Caso seja aproveitado durante a partida ou comece como titular, Léo aumentará a já grande lista de atletas a atuar na posição nos últimos dias. Além de Carlinhos, Ronan e Ailton, Rafinha, Igor Julião e Edinho cumpriram a função em algum momento dos últimos cinco jogos.

Coincidentemente, o Fluminense abriu mão de um jogador da posição em julho. Emprestado ao time das Laranjeiras pelo Lyon, o argentino Fabian Monzón foi devolvido ao time francês quando ainda tinha contrato com o Tricolor até o fim de 2013. O clube argumenta que a decisão de se desfazer do atleta sem fazer a reposição foi consciente.

“As pessoas perguntam porque não contratamos outro lateral esquerdo antes. Não trouxemos outro lateral levando em conta o histórico do Carlinhos, que não sofreu nenhuma lesão grave em três anos de Fluminense”, explicou Rodrigo Caetano.

A situação crítica na lateral esquerda coincide com um dos piores momentos do Fluminense no Campeonato Brasileiro. O Tricolor pode ter sua pior sequência no ano caso não vença a Ponte Preta neste sábado. Nos últimos cinco jogos, o time das Laranjeiras fez apenas dois pontos de quinze em disputa.

Titular da posição, Carlinhos tem função essencial na equipe do Fluminense. O lateral é um dos jogadores mais acionados entre todos da primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Em média, ele recebeu 32,7 bolas por jogo nas suas 23 aparições pelo Tricolor na competição.