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Capitão e ídolo, Fábio adiciona título expressivo a sua história no clube

Do UOL, em Belo Horizonte

13/11/2013 23h50

Maior ídolo da torcida celeste entre os atletas que estão em atividade, o goleiro Fábio marcou de vez seu nome na história no Cruzeiro ao ser campeão brasileiro. Alvo de críticas no início da trajetória no clube, o capitão celeste eliminou dúvidas e calou céticos que diziam que faltava a ele uma conquista expressiva na equipe.

Com 532 partidas, o goleiro é o sétimo jogador que mais vezes vestiu a camisa do Cruzeiro. Como goleiro, fica atrás apenas de Raul Plasmann, com 557 jogos. Ele já havia conquistado o título da Copa do Brasil em 2000 como reserva de André. Sua estreia pelo Cruzeiro foi em um jogo contra o Universal-RJ, no Mineirão.

Sem espaço no Cruzeiro, Fábio se transferiu para o Vasco, time em que ganhou projeção nacional. Ele retornou ao clube mineiro cinco anos depois. No início, o goleiro oscilou e virou alvo de críticas. As falhas na decisão do Campeonato Mineiro, contra o Ipatinga, e na semifinal da Copa do Brasil, contra o Paulista, fizeram a torcida pegar no pé do arqueiro.

Aos poucos o goleiro foi se firmando, mas voltou a viver um momento de instabilidade na final do Campeonato Mineiro de 2007, quando o Cruzeiro foi goleado pelo rival Atlético-MG por 4 a 0. No último gol do rival, marcado por Vanderlei, Fábio caminhava de costas para a meta.

Novamente criticado, o goleiro cruzeirense se afastou por um tempo para se recuperar de lesão e desde então experimentou uma reviravolta na carreira. Com atuações decisivas, Fábio deixou para trás as críticas e passou a ser idolatrado pelos cruzeirenses.

Foi bicampeão mineiro (2008 e 2009) com duas goleadas por 5 a 0 em duas finais consecutivas contra o Atlético-MG. Ainda em 2009, o Cruzeiro foi vice-campeão da Libertadores. No ano seguinte, em outra grande temporada, levou o time à segunda colocação do Campeonato Brasileiro, disputando o título até a última rodada. “A gente esteve próximo, e no Brasil isso não é suficiente”, observou o goleiro.

Em 2011, o goleiro voltou a conviver com momentos de drama com o quase rebaixamento para a Série B. Mas, com ótimas atuações, Fábio, que chegou a ser convocado para a seleção brasileira, ajudou o Cruzeiro a permanecer na elite do futebol brasileiro, ainda que não tenha participado do último confronto contra o Atlético-MG.

Sem grandes referências, ele foi o maior ídolo da torcida celeste nos últimos anos. Mesmo nesta temporada, quando outros jogadores ganharam destaque, como o meia Éverton Ribeiro, o volante Nilton e o zagueiro Dedé, o capitão celeste continua sendo o atleta mais querido pelos cruzeirenses.

CRUZEIRO É O CAMPEÃO BRASILEIRO DE 2013; BAIXE O PÔSTER

Fábio ajudou o Cruzeiro a ser campeão com a segunda defesa menos vazada do Brasileirão e teve atuações decisivas em momentos importantes, como na vitória magra de 1 a 0 sobre o Fluminense.

Depois de muitos anos de espera, o capitão celeste considera a conquista justa. “No início da temporada, pensávamos em conquistar. Fomos a equipe no Brasil que oscilou menos, que teve dedicação em todas as partidas. Fomos muito regulares. Isso foi fundamental para a campanha. No Campeonato Mineiro, terminamos a fase de classificação em primeiro. O que está acontecendo agora é o que plantamos”, ressaltou o goleiro.

Com mais esse título, Fábio aumenta sua galeria com dois Brasileiros (2000 e 2013), uma Copa do Brasil (2000), uma Copa Mercosul (2000), um Campeonato Carioca (2003) e quatro campeonatos Mineiros (2006, 2008, 2009 e 2011).