Ney Franco segue irredutível, e Santos soma 'um time' de técnicos sondados
As negociações entre a diretoria do Santos e o técnico Ney Franco, atualmente no Vitória, continuam emperradas. Apesar de acertar bases salariais e fazer uma espécie de contratado verbal, o treinador se mantém irredutível em relação a vinda do seu auxiliar, Éder Bastos.
O UOL Esporte apurou que o Santos quer economizar ao manter sua comissão fixa e não aceita pagar R$ 80 mil mensais apenas para o auxiliar, já que o clube ainda terá que desembolsar cerca de R$ 350 mil de salário para Ney Franco. O treinador do Vitória engloba uma lista de “um time de técnicos”, 11 no total, que foram discutidos pela diretoria santista.
Desde a saída de Muricy Ramalho, demitido no dia 31 de maio, o Santos conversou com diversos treinadores, antes e depois da efetivação de Claudinei Oliveira até o fim deste ano. Marcelo Bielsa, Gerardo Martino, Ricardo Gareca, Abel Braga, Tite, Dado Cavalcanti, Marquinhos Santos, Oswaldo de Oliveira, Gilson Kleina, Guto Ferreira e Ney Franco integram a lista de técnicos procurados e oferecidos ao clube.
Oficialmente, a diretoria do Santos confirmou o interesse pelo trio de argentinos, mas não obteve êxito nas negociações.
Abel Braga foi o primeiro da lista a ser procurado. Logo após a saída de Muricy Ramalho, o presidente Odílio Rodrigues esteve no Rio de Janeiro para acertar a contratação do gerente de futebol, Zinho, e também fez uma oferta ao treinador. No entanto, o ex-comandante do Fluminense avisou que só voltaria a trabalhar na temporada 2014.
Gilson Kleina, Guto Ferreira, Dado Cavalcanti e Marquinhos Santos não foram procurados pela diretoria do Santos, mas tiveram seus nomes discutidos em reuniões do Comitê Gestor, já que integram a lista dos técnicos por empresários no mercado do futebol.
Tite foi procurado antes de anunciar o fim de seu ciclo no Corinthians. Além de ser considerado muito caro, o treinador avisou que não pretende trabalhar em outro clube brasileiro na próxima temporada.
Atualmente, o Santos segue em busca de um treinador no mercado. Ney Franco não assinou nenhum documento com o clube por causa do empecilho na formação da comissão técnica. Além de questões financeiras, o histórico polêmico do auxiliar, principalmente na passagem da dupla no São Paulo, é levado em conta pela cúpula santista. No Morumbi, Éder Bastos ganhou a fama de mandar até mais que o técnico.
Ney Franco possui um método europeu de trabalhar. Ele vai pouco ao campo e só prioriza os treinos táticos. Sendo assim, o seu auxiliar comanda os trabalhos técnicos e recreativos e, por isso, acaba tendo mais contato com o elenco.
Segundo alguns jogadores que trabalharam com a dupla, Éder Bastos influencia o treinador a escalar atletas de quem ele gosta. O volante Cícero, artilheiro do Santos na temporada 2013, com 21 gols, enfrentou problemas internos com o auxiliar de Ney Franco, quando os três defendiam o São Paulo.
A diretoria santista adotou a política de não falar sobre treinador para a próxima temporada até o término do Campeonato Brasileiro. Antes de acertar com o próximo técnico, o clube espera quitar a multa rescisória de Muricy Ramalho. A última parcela de R$ 350 mil mensais para o atual técnico do São Paulo será paga em dezembro.
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