Briga generalizada entre torcidas interrompe duelo entre Atlético-PR e Vasco
O jogo entre Atlético-PR e Vasco, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, foi interrompido aos 16min por causa de uma briga generalizada nas arquibancadas da Arena Joinville, em Santa Catarina. A partida já estava 1 a 0 para o Furacão, quando torcedores paranaenses decidiram enfrentar os rivais. Os vascaínos responderam, mas foram encurralados.
Um torcedor do Atlético-PR foi espancado por vascaínos no confronto e ficou desacordado. Ele foi atendido pelo helicóptero da Polícia Militar, que pousou no gramado após a briga. Um outro torcedor, este do Vasco, foi levado de ambulância rapidamente. Uma outra pessoa foi encaminhada ao hospital. Estavam Viana, William Batista e Diego Cordeiro da Costa são atendidas pela equipe médica do hospital São José.
O episódio deixou jogadores, treinadores e arbitragem perplexos. O vascaíno Wendel lamentou a briga nas arquibancadas. "É muito triste. Não tem palavras para falar sobre esse confronto. Vi um torcedor desacordado, isso é muito triste, parece um desastre. Ano que vem tem Copa do Mundo e ainda não estamos preparados. Por isso que a gente apoia o Bom Senso, para evitarmos uma situação dessas, mas tem gente que não entende o que queremos", destacou o meia.
O clima em Joinville era tenso antes mesmo do início do jogo. A partida na cidade catarinense já preocupava as autoridades por conta da possibilidade de violência entre as torcidas e revolta por possíveis resultados finais. O duelo deste domingo pode determinar o rebaixamento do Vasco, assim como a ausência do Atlético-PR na Copa Libertadores de 2014.
O Atlético-PR alugou a Arena Joinville por R$ 25.200 ao perder o mando de campo na competição nacional. O estádio costuma ser utilizado pelo Joinville. Sua manutenção custa em torno de R$ 50 mil mensais para a prefeitura da cidade.
Vasco não quer retomada da partida
Com os dirigentes já em campo após a briga, a equipe de arbitragem estudava como retomar o jogo. A diretoria do Vasco se mostra contrário à realização da partida. "Não é apenas não continuar. Temos um torcedor em coma ou já até morto. Não vamos jogar em respeito a esse ser humano, que veio de longe ver o Vasco. É um ser humano. Isso aqui não é um circo. É um lazer. É um evento esportivo que tem que trazer alegria e não morte. Não aceitamos isso", disse Antonio Peralta, vice geral do Vasco.
"Por mim não continua. Vou ouvir o que tenho que ouvir. Estamos com notícia que tem um torcedor em coma", completou o cartola. Após uma hora de paralisação, o clima pesado se espalhou para fora de campo, quando uma briga generalizada aconteceu nos arredores da Arena Joinville.
* Atualizada às 18h15
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