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Procurador diz que denunciará Vasco e Atlético-PR por briga generalizada

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

08/12/2013 19h34

O procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, acompanhou a confusão entre Atlético-PR e Vasco e diz que deve denunciar ambos já nesta segunda-feira. Neste domingo, uma briga generalizada entre torcedores dos dois clubes deixou três pessoas hospitalizadas em Joinville, onde ocorria a partida.

“Eu vi tudo. Temos de esperar o fim da partida para ver a disponibilidade dos documentos e oferecer a denúncia. Esse ano é um ano, nossa, para esquecer”, disse Schmitt, em entrevista ao UOL Esporte.

A confusão ocorreu aos 16 minutos do primeiro tempo e fez a partida ser paralisada por uma hora. Filmada pelas emissoras de televisão, a confusão envolveu torcedores dos dois lados, em vários pontos do estádio, com imagens fortes de pessoas desacordadas nas arquibancadas. Um helicóptero da Polícia Militar chegou a ser acionado para a retirada de um ferido dentro do gramado.

“Espero que os dois clubes sejam punidos com rigor. Espero que aplique-se a pena de portão fechado, já que ela está prevista para 2014. Que se cumpra assim. A punição de Vasco e Corinthians não foi por acaso. Se lá atrás tivessem tido a coragem de aplicar a pena adequada, poderíamos ter visto algo diferente”, disse Schmitt, referindo-se ao primeiro episódio de confronto do Campeonato Brasileiro que foi parar nos tribunais.

Na ocasião, o STJD voltou atrás porque a punição não estava prevista, situação que mudou para a próxima temporada. Schmitt, descarta, porém, qualquer possibilidade de perda de pontos, o que poderia afetar o resultado final do Campeonato Brasileiro.

“Não tem previsão. Eu tinha sugerido isso. Na verdade, eu sugeri a reprodução de uma norma da Fifa, dizendo que penas adicionais poderiam ser implementadas em caso de extrema gravidade, não eram só pontos perdidos, mas isso não foi colocado”, disse Schmitt.

Segundo o procurador, o fato de a segurança do estádio ser feita por uma empresa privada, e não a PM, não altera a culpabilidade dos dois clubes. Schmitt também considera que o reinício da partida, por decisão do juiz, não pode ser questionado juridicamente.

“A arbitragem recebeu a condição de segurança e aí é uma questão deles. Não se pode interferir”, disse ele.