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Atacante Jô defende parceiro Ronaldinho, alvo de críticas no Atlético-MG

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Vespasiano (MG)

16/04/2014 13h46

Alvo principal das cobranças no Atlético-MG neste começo de temporada, por não render o mesmo futebol apresentado em 2012 e 2013, Ronaldinho Gaúcho ganha a defesa do amigo Jô, que vê o parceiro incomodado com o atual momento.

“É um cara experiente, está sempre querendo um algo a mais. Não é acomodado, se fosse nem estaria jogando. A gente sabe que ele vai evoluir e ter uma sequência de dois, três jogos”, disse Jô.

Companheiro inseparável de Ronaldinho Gaúcho dentro e fora das quatro linhas, o centroavante atleticano não sabe explicar o motivo da queda de rendimento do camisa 10 nesta temporada, mas mostra confiança na volta por cima do armador.

“Vejo ele incomodado porque não está fazendo o que costuma fazer. Não sei se é a marcação ou falta de ritmo. Quando ele começa a fazer, fica fora de dois, três jogos”, observou Jô.

O atacante reconhece que o Atlético-MG ainda está procurando render melhor sob comando de Paulo Autuori e destaca a diferença de filosofia em relação ao time de Cuca, quando Ronaldinho rendeu bem. “Filosofia é diferente. Foram dois anos com o Cuca, jogando de uma maneira, onde basicamente quase tudo deu certo”, comentou.

“Com Paulo, ele está tentando organizar mais o sistema defensivo e sem priorizar tanto a parte ofensiva. Ele fala que a gente tem qualidade para fazer as coisas. É o início do trabalho. São alguns meses e tenho certeza que vai melhorar. É ter paciência”, acrescentou Jô.

O centroavante, porém, não se mostra feliz com o rendimento do Atlético, principalmente em relação à segunda partida da final do Mineiro contra o Cruzeiro, no domingo passado. “Pressão tem que existir. Cada um sabe o que fez no domingo. Ninguém fez um bom jogo. Isso é que deixa mais triste”, analisou.

“Nem tanto a perda do título. Isso faz parte do futebol, perder e ganhar. Mas a maneira com a qual nos comportamos. Mas sabemos da nossa responsabilidade. Conversamos sobre isso, a pressão que tem para a gente voltar a jogar bem”, afirmou Jô.