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Árbitro relata arremesso de copo de cerveja, mas ignora gelo em Marcelo

Do UOL, em Belo Horizonte

21/04/2014 13h33

O árbitro Luiz Flávio de Oliveira (ASP-Fifa/SP) relatou na súmula do jogo em que o Cruzeiro venceu o Bahia, por 2 a 1, na Fonte Nova, em Salvador, no último domingo, o arremesso de copos de cerveja ao gramado, no segundo tempo da partida. O relatório da arbitragem, no entanto, não fez referência ao fato denunciado pelo técnico celeste, Marcelo Oliveira, que foi vítima de pedras de gelo atiradas por torcedores locais, após o jogo.

“Informo que aos 38 minutos do 2º tempo foram arremessados quatro copos encaixados entre si, com a logomarca "cerveja itaipava", contendo cerveja, próximo ao árbitro assistente 2, sr. Lorival Candido das Flores”, revelou Luiz Flávio de Oliveira, em súmula publicada pelo site oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

“Informo ainda que tais copos foram entregues para o 4º árbitro, sr. johnn Heebert Alves Bispo”, acrescentou o árbitro paulista. Ele informou ainda que a Polícia Militar da Bahia identificou o responsável pelo arremesso dos copos de cerveja.

“Após o término da partida o major da PM, sr. Eubert Vinhático nos comunicou que o torcedor foi identificado, e que nome do mesmo é: Roosevel Marcos Santos Santiago, que tais copos foram entregues para o 4ºarbitro, sr. Johnn”, relatou o árbitro no campo ocorrência/observações da súmula digital.

A súmuO relatório do árbitro não fez referência ao episódio relatado por Marcelo Oliveira. O treinador cruzeirense disse que após o término da partida torcedores do Bahia atiraram pedras de gelo em sua direção. “Felizmente, não acertaram o meu rosto”, disse o comandante cruzeirense.

Em sua entrevista, após o jogo, Marcelo Oliveira contou o episódio. Segundo ele, enquanto os torcedores se limitam a xingá-lo, não há problema. "Essa questão do brasileiro ficar atrás xingando todos os nomes possíveis ao técnico adversário, isso é normal, já estamos habituados, nem olho, mas na saída jogaram alguns objetos, e gelo, felizmente não atingiram o meu rosto", comentou Marcelo Oliveira.

A arbitragem de Luiz Flávio de Oliveira desagradou o Cruzeiro. Marcelo Oliveira e o diretor de futebol do clube mineiro, Alexandre Mattos, criticaram o árbitro especialmente pela não marcação de um pênalti sobre Alisson, logo após assinalar penalidade máxima cometida por Nilton sobre Rhayner e que resultou no empate do time baiano, com a cobrança convertida por Anderson Talisca. No final da partida, o Cruzeiro desempatou com gol de Marcelo Moreno.

Alexandre Mattos informou que o Cruzeiro protestará formalmente à CBF, por intermédio da Federação Mineira de Futebol. "Não deu pênalti na cara dele no Alisson, temos de reclamar, se perde e vem reclamar é choradeira, então tem de lamentar agora, cartões estranhos para os dois lado, o bandeira inverteu o lance de escanteio e tomamos gol", disse o dirigente. "Vamos reclamar com o José Eugênio (chefe da arbitragem da Federação Mineira de Futebol) na semana, para ele poder enviar para a CBF, foi lamentável o pênalti que ele deixou de marcar na cara dele, não sei o que pensou", acrescentou Mattos.