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Jogo aéreo vira principal arma ofensiva do Cruzeiro na temporada

Do UOL, em Belo Horizonte

22/04/2014 17h41

Apesar de contar com jogadores habilidosos e rápidos, como Dagoberto, Willian, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, a principal arma ofensiva do Cruzeiro em 2014 é o jogo aéreo. Esse tipo de jogada é responsável por mais da metade dos gols da equipe mineira. Dos 43 gols marcados, 24 (55,81%) saíram em bolas alçadas na área.

Foi dessa forma que o time celeste estreou no Campeonato Brasileiro com vitória sobre o Bahia, por 2 a 1, em Salvador. Tanto Nilton como Marcelo Moreno aproveitaram os cruzamentos certeiros de Marlone no último domingo para marcarem os gols do triunfo. Os dois utilizaram a cabeça para balançar a rede, o que também tem sido uma constante no Cruzeiro.

Dos 24 gols oriundos do jogo aéreo, 18 foram de cabeça, um com o peito e outros cinco com o pé. O maior especialista nesse tipo de lance é Bruno Rodrigo, que é um dos artilheiros da temporada com cinco gols, todos eles utilizando a cabeça. O zagueiro aproveita o bom desempenho do jogo aéreo aliado à bola parada, que é a segunda maior fonte de gols do time estrelado.

Foram 14 cruzamentos em faltas ou escanteios que resultaram em gol, enquanto outros 10 aconteceram com a bola rolando. Os outros quatro gols de bola parada aconteceram em três cobranças de pênalti, duas de Dagoberto e uma de Souza, e um único gol em cobrança de falta direta para o gol de Everton Ribeiro.

Em jogadas tramadas pelo chão, seja com troca de passes para envolver o adversário, ou em contra-ataques, o Cruzeiro marcou 15 vezes, sendo que 14 conclusões foram de dentro da área. O chute de fora da área tem sido um artifício pouco explorado pela equipe celeste. Foi apenas um gol com a bola rolando, de Dagoberto, contra o Villa Nova, pelo Campeonato Mineiro.

Em virtude disso, os artilheiros da equipe no ano estão sendo os jogadores que mais aproveitam os pontos fortes do time. Além de Bruno Rodrigo, Marcelo Moreno, Ricardo Goulart e Júlio Baptista, todos especialistas no jogo aéreo, também marcaram cinco gols cada um. Dagoberto, também com cinco, é o único que não se destaca nesse quesito, mas é o principal cobrador das penalidades e faltas.

Para o volante Willian Farias, o segredo é o treinamento diário. O técnico Marcelo Oliveira sempre dá ênfase ao jogo aéreo durante as atividades na Toca da Raposa II e costuma treinar a bola parada até mesmo nos dias dos rachões. “O elenco tem bons cabeceadores, vai de tudo, da bola, da batida bem feita, acho que está dando um bom resultado”, destacou.