Topo

Fábio está próximo de alcançar marca histórica pelo Cruzeiro

Dionizio Oliveira

Do UOL, em Belo Horizonte

23/04/2014 14h51

Em sua décima temporada com a camisa celeste, o goleiro Fábio está perto de conquistar um dos seus maiores ‘títulos’ no futebol. Com 555 jogos no currículo, o capitão celeste está a duas partidas de se igualar a Raul Plassmann como o arqueiro que mais vezes entrou em campo pelo Cruzeiro.

Titular absoluto da meta celeste, o camisa 1 deverá entrar em campo contra o São Paulo, domingo, pelo Brasileirão, e chegar a essa marca expressiva diante do Cerro Porteño, na quarta-feira. “A expectativa é boa, porque vem sempre uma história, desde o primeiro dia em que eu pisei aqui na Toca da Raposa para assinar o contrato, vem toda essa lembrança de uma passagem importante da minha vida”, disse.

“São quase dez anos diretos no Cruzeiro. É sempre bom. Ficar marcado em um clube tão importante como o Cruzeiro, com uma torcida apaixonada, marcado por conquistas. Eu levo com tranquilidade, empenho e nesses jogos quero fazer o mais importante que é ajudar o Cruzeiro a conquistar as vitórias. Isso já me deixa super feliz. E, na sequência, estar sendo o goleiro que mais vezes vestiu a camisa do Cruzeiro”, acrescentou Fábio.

Natural da cidade de Nobres, no Mato Grosso, o arqueiro garante que nunca havia imaginado se tornar um jogador quando criança. Porém, ficou feliz com o destino que teve na vida e se mostra agradecido por ser um dos jogadores mais importantes na história do clube mineiro e um dos maiores ídolos dos torcedores.

Esse reconhecimento vem até mesmo de quem já esteve na mesma posição de Fábio e hoje torce pelo êxito do seu sucessor. “Nunca falei sobre isso com o Raul (Plassmann), mas sempre que ele me encontra fala que está chegando. A gente sempre brinca, mas eu nunca fiquei com esse pensamento fixo que tenho que alcançar, que tinha que passar. Foi tudo de forma natural, parece que foi ontem que cheguei ao Cruzeiro”, afirmou capitão celeste.

Fábio teve uma breve passagem pelo Cruzeiro entre 1999 e 2000, ainda no início de carreira, quando estreou pelo clube em um amistoso contra o Universal-RJ, com vitória por 2 a 0. Mas a atual e duradoura trajetória começou em 2005, quando o goleiro foi bastante contestado pelos torcedores logo na perda do título estadual para o Ipatinga e conseguiu dar a volta por cima.

Para o arqueiro celeste, o segredo é a perseverança e o empenho, que ele espera que sirva de exemplo para os mais jovens. “É difícil permanecer esse tempo todo, a cobrança é grande, ninguém me deixou aqui porque sou bonzinho. Se não tivesse rendendo já tinham me mandado embora”, afirmou. “Quem me vê treinar esses anos todos vê a dedicação, porque independentemente dos jogos e tempo no Cruzeiro, meu treinamento nunca mudou em nada”, complementou.

Com contrato no clube até 2016, Fábio tem boas perspectivas de ultrapassar até mesmo Zé Carlos, que tem 633 jogos disputados, e se tornar o jogador que mais vezes vestiu a camisa celeste. "Acho que são coisas naturais que tem que trabalhar e dedicar cada vez mais. Quando trabalha correto, Deus vai trilhando nosso caminho e, se for da vontade Dele, de eu permanecer, vai acontecer como das outras vezes", ressaltou.