Presidente do Cruzeiro indica favorecimento da CBF ao São Paulo
Assim como os jogadores, o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, ficou revoltado com a arbitragem de Wagner do Nascimento Magalhães e, além de prometer reclamar, acusou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de favorecer o São Paulo no empate de 1 a 1, no domingo, em Uberlândia, pela segunda rodada do Brasileirão.
"Temos que conversar pessoalmente com o presidente da CBF (José Maria Marin) para que eles comecem a levar a sério a questão da arbitragem no Brasil, porque é duro você investir em time, mais do que os outros, e eles trazerem árbitros para ajudar o adversário a ter um resultado favorável contra o Cruzeiro de empate", afirmou o dirigente, em entrevista veiculada pela Rádio Itatiaia.
O Cruzeiro reclamou da falta que originou o gol do São Paulo aos 46min do segundo tempo. "A falta foi criada pelo árbitro. A falta era contra o São Paulo, e o árbitro inverteu na hora de terminar o jogo, para sair o gol a favor do São Paulo. As barreiras que o árbitro contava era o dobro da distância, é uma brincadeira a arbitragem no Brasil. É preciso que o presidente da CBF leve isso mais a sério ou, do contrário, nós vamos ter de tomar medidas contra a CBF", disse o dirigente.
No lance polêmico, os cruzeirenses alegam que Bruno Rodrigo teria sofrido a falta de Luis Fabiano. O zagueiro alegou que protegeu a bola e foi derrubado pelo adversário. O árbitro, no entanto, apontou a infração a favor dos paulistas e até amarelou Samudio, que deu um chute na bola como forma de protesto contra a marcação.
O erro fez até o presidente celeste sugerir uma ligação entre CBF e São Paulo e colocar em dúvida a credibilidade da arbitragem e do campeonato. "Hoje, o presidente do São Paulo (Carlos Miguel Aidar) é advogado da CBF. O presidente da CBF é um ex-atleta, ex-vice-presidente do São Paulo. São pessoas ligadas a um clube lá na CBF que querem ajudar o clube de qualquer maneira. O Aidar está advogando para a CBF nesse caso contra a Portuguesa", disse Gilvan.
Carlos Aidar, quando assumiu o comando do time paulista, disse que se afastou do caso envolvendo a Portuguesa. Já José Maria Marin foi jogador e dirigente do clube paulista, o que fez Gilvan suscitar essas ligações. "Vou conversar porque é um absurdo deixar isso acontecer. A gente passa a duvidar da honestidade do que está acontecendo lá", ressaltou.
O presidente ainda relembrou outros erros contra o Cruzeiro, como o pênalti que Sandro Meira Ricci marcou em Ronaldo, em um jogo pelo Brasileirão de 2010.
"Tirou o título do Cruzeiro e deu para o Fluminense, tentando ajudar o Corinthians e ajudou o Fluminense. Nós estamos no futebol não é de brincadeira, o árbitro parece que está lá para poder ajudar determinado time e quase sempre estão ajudando os de São Paulo. O árbitro que fez aquilo ganhou folga na semana seguinte e foi para os Estados Unidos passear. O que pode se pensar de uma coisa dessas?", ressaltou Gilvan.
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