Corinthians ainda não gosta tanto assim do Itaquerão. Até a grama tem culpa

Aquela história de se adaptar à casa nova e sentir falta da velha está bastante viva no Corinthians. Com o segundo jogo marcado para o Itaquerão neste domingo, diante do Botafogo, jogadores e até o técnico, Mano Menezes, admitem que ainda não dá para chamar o estádio que abrirá a Copa do Mundo de lar, doce lar.

O primeiro motivo é o gramado. E olha que o investimento na única parte verde do estádio não foi pequeno. Conhecida como grama de inverno, a “lollium perene” precisou até de um sistema de iluminação artificial e de refrigeração. Só para manter o terreno na temperatura ideal a obra acabou encarecida em R$ 1,5 milhão.

Petros, destaque do time na vitória por 1 a 0 contra o Cruzeiro, no Canindé, preferia que a grama não fosse tão desenvolvida assim.

“Não é muito fácil jogar lá. O gramado é diferente, é muito rápido”, disse ele. “Parece um salão, é muito rápido. A gente precisa tentar se adaptar o mais rápido possível a isso”, completou o meio-campo.

Outro aspecto que atrapalha a equipe é na hora de interagir com Mano Menezes. Petros também falou que é difícil ouvir o treinador e citou que a pressão que intimida os adversários acaba atrapalhando os donos da casa.

Mano concordou com a afirmação de seu atleta. Na última sexta-feira, ele chegou a afirmar que a comunicação fica muito difícil pelo barulho concentrado, diferentemente do que acontecia no Estádio do Pacaembu.

“O som ambiente fica muito alto, dificulta a comunicação. Você grita, acena e isso pega pouco. Se a equipe estiver madura, você tem essa vantagem dela saber o que faz. Mas a nossa equipe é nova, então você precisa intervir mais”, disse o comandante.

Na semana passada, outro fator que foi citado pelos corintianos foi a troca constante de casa. O Corinthians vai apenas para o segundo jogo no Itaquerão. O primeiro foi a derrota para o Figueirense por 1 a 0.

Neste domingo, o time tenta não só a primeira vitória, mas como o primeiro gol a favor do Corinthians no estádio. Por enquanto, só Giovanni Augusto pode se gabar de ter balançado as redes em uma partida oficial.

“Foram três jogos em casa e todos em campos diferentes. Você não treina tanto no local e demora para se adaptar. Mas, quando começarmos a treinar lá regularmente, a jogar mais, vai melhorar”, disse Bruno Henrique ainda na semana passada.